Ataque deixa sete mortos em cidade do Equador assombrada pelo narcotráfico

Sete pessoas morreram em um ataque armado em Guayaquil, cenário de disputas pelo poder entre grupos do narcotráfico que aterrorizam o Equador, anunciou a polícia nesta segunda-feira (17).
Entre os mortos há um menor de idade, e outro possui antecedentes criminais, informou o major Santiago Tuston, comandante da polícia da zona de Pascuales, onde o crime ocorreu na noite de ontem.
Vídeos do ataque, que mostram corpos caídos na rua, circularam nas redes sociais. Segundo Tuston, o crime ocorreu no norte de Guayaquil, um porto estratégico para a saída de cocaína para os Estados Unidos e a Europa, e onde há uma disputa violenta entre grupos criminosos.
“As pessoas que morreram pertencem a diferentes organizações criminosas”, o que pode resultar em represálias, alertou o comandante policial. As vítimas estavam reunidas do lado de fora de uma mercearia quando foram atingidas por motoqueiros, segundo a imprensa local.
Guayaquil é a capital de Guayas, uma das sete províncias do país onde vigora desde janeiro o estado de exceção, como medida para conter a violência.
A guerra do narcotráfico elevou os homicídios de 6 a cada 100 mil habitantes em 2018 para 38 em 2024, passando pelo recorde de 47 em 2023.
O combate à criminalidade é a ponta de lança das propostas de campanha para o segundo turno presidencial, em 13 de abril, entre o presidente Daniel Noboa e a advogada Luisa González. O presidente pretende continuar com sua política dura contra o crime, enquanto a candidata esquerdista propõe uma luta contra os grupos criminosos com “justiça social”.
Os sete assassinatos elevaram para 14 o balanço dos mortos neste fim de semana em Guayaquil, segundo o comandante policial.
sp-pld/lv/dga/ic/am-lb