Agentes anti- corrupção apontam aumento de riscos globais por lavagem de dinheiro
A comunidade global está se descuidando em seus esforços para combater a lavagem de dinheiro e as finanças terroristas, alertou na segunda-feira um órgão suíço de vigilância da corrupção.
O Instituto de Governança da Basileia afirmou que a pontuação de risco global aumentou de 5,22 para 5,3 (10 é pontuação de risco mais alta) em seu Índice Anti-Lavagem de Dinheiro.
Em 2021, a Suíça obteve 4,89 na classificação anual independente que examina o risco de lavagem de dinheiro em 110 jurisdições. Isso marca um aumento em relação a 2020, quando obteve 4,74. Agora o país ocupa a 43ª posição no ranking
Mesmo os países que fizeram progressos, observou o relatório, obtiveram apenas ganhos mínimos e marginais.
A 10ª edição do relatório do Índice AML Basileia enfatiza que é necessária uma resposta mais forte às ameaças decorrentes de ativos virtuais (moedas criptográficas) e maior ênfase na prevenção da lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo (não apenas na aplicação da lei).
“O uso de ativos virtuais como moedas criptográficas está explodindo – tanto para fins legítimos quanto ilícitos”, observa o relatório.
Múltiplos desafios
O quadro dos esforços globais para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo conclui que “sistemas ineficazes são a regra geral” e os países se saem consistentemente pior na prevenção do que na aplicação da lei.
A pontuação de risco é baseada em dados coletados de 17 fontes públicas incluindo a Força-Tarefa de Ação Financeira, a Transparência Internacional, o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial.
Ela avalia as estruturas legais específicas de cada país sobre lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, riscos de suborno e corrupção, transparência financeira, oportunidades para responsabilização pública, assim como fatores de risco legais e políticos.
O relatório destaca a implementação ineficaz de registros de transparência de propriedade benéfica em todo o mundo. Isto se refere à divulgação pública dos proprietários finais de uma entidade – ou seja, um indivíduo ou indivíduos que controlam uma rede de empresas, fundações e outras entidades.
Outras áreas de preocupação incluem a fraca aplicação de medidas preventivas fora do setor financeiro (por exemplo, setores empresariais como o imobiliário) e o papel dos intermediários, incluindo advogados e contadores, que podem ser explorados por agentes criminosos.
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