De acordo com estudo 11º Allianz Risk BarometerLink externo, os ciberataques (posição 1 com 61%) e a interrupção dos negócios (posição 2 com 57%) dominam os riscos que as empresas suíças mais temem em 2022. Mudanças de mercado como a volatilidade dos preços, aumento da concorrência, estagnação dos mercados ou flutuações (25%), seguem em terceiro lugar.
O fato de incidentes cibernéticos ocuparem a primeira posição este ano deve-se principalmente ao aumento do número de ataques através de “ransomware”, programas que se infiltram em redes e raptam arquivos pessoais ou até servidores completos de empresas. “O sequestro digital se tornou um grande negócio para os criminosos”, escreve o relatorio.
A comercialização do crime cibernético facilita a exploração de vulnerabilidades em escala maciça. Os ataques são feitos contra cadeias de fornecimento de tecnologia e infra-estrutura”, avalia Scott Sayce, chefe do setor de avaliação de cybercrimes na seguradora alemã.
A interrupção dos negócios também continua sendo um tema dominante para as empresas. As vulnerabilidades nas cadeias de fornecimento e redes de produção modernas se tornaram um problema premente para a economia global.
“A pandemia expôs a extensão da interconexão nas cadeias de abastecimento modernas e como múltiplos eventos não relacionados podem se unir para criar uma perturbação generalizada”.
Pela primeira vez, a resiliência das cadeias de abastecimento foi testada até o ponto de ruptura em escala global”, disse Philip Beblo, responsável pelo setor de tecnologia, telecomunicação e indústria e mídia na Allianz.
Outros riscos
O risco representado pelas mudanças na legislação, tais como disputas comerciais e tarifárias, protecionismo, “Brexit” ou conflitos internos na União Européia, ficou em 4º lugar (25%). As mudanças climáticas (5º lugar) também estão na mira das empresas.
Surpreendentemente a pandemia de Covid-19 deixou de ser uma das principais preocupações das empresas no ano corrente. Novidades entre os dez primeiros são o risco de falta de habilidades, que ocupa o 7º lugar (12%), bem como preocupações com falhas na infra-estrutura crítica (9º com 11%) e perda de reputação (também 9º com 11%). A pesquisa anual da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) entrevistou 2.650 especialistas em 89 países, incluindo CEOs, gerentes de risco, corretores e especialistas em seguros.
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