Ranking revela cidades suíças menos caras
Zurique e Genebra continuam entre as dez cidades mais caras do mundo, mas ambas desceram nas classificações desde o ano passado. O efeito total da crise do coronavírus ainda deve ser visto.
No relatório anual da Economist Intelligence UnitLink externo, que compara o custo de vida nas cidades de todo o mundo, Zurique está empatada em 5º lugar com Paris; em 2019, ocupava o 4º lugar.
Genebra – em 5º lugar no ano passado – ocupa agora o 10º lugar. O primeiro lugar é um empate a três entre Singapura, Hong Kong e a recém-chegada Osaka; Nova York subiu três posições para o 4º lugar.
O ranking inclui preços de bens de consumo, aluguéis e transporte de 133 cidades em todo o mundo. O custo de vida diminuiu cerca de 4% em média, afirma o relatório “Custo de Vida Mundial 2020”. Embora 31 das 37 cidades europeias tenham se tornado mais baratas desde a classificação de 2019, 15 das 16 cidades dos EUA tornaram-se mais caras.
“É provável que as cidades europeias caiam ainda mais em comparação com as cidades americanas”, afirmou o autor do ranking, Nicholas Fitzroy, atribuindo este fato ao euro fraco e a uma diminuição da demanda. Embora a Suíça com o seu franco não faça parte da zona euro, os países participantes são parceiros comerciais importantes para os suíços.
Com base em pesquisas feitas de setembro a março, alguns preços já haviam sido influenciados pela crise da Covid-19. A Economist Intelligence Unit (EIU) está atenta aos efeitos das várias medidas de bloqueio regionais e nacionais.
“Quanto mais tempo elas durarem nos países, mais pesadas serão as consequências econômicas. Dito isto, para um país [europeu] como a Suíça, as restrições em outros países europeus terão um grande impacto, dada a interdependência das suas economias”, disse Fitzroy, diretor da Risk Briefing e analista do Oriente Médio na EIU.
Turismo na espera
“Esperamos atualmente uma contração da economia suíça de cerca de 5% em 2020, devido ao impacto do isolamento na demanda interna e mundial e das restrições de viagens internacionais”, afirmou Fitzroy.
Fitzroy destaca também que o desemprego suíço está aumentando mais lentamente do que em outros países ocidentais como os EUA e o Reino Unido, o que implica que a pressão de baixa nos preços, devido à queda da demanda, poderá ser menos significativa na Suíça.
“No entanto, a importância da indústria turística suíça, que será destruída a curto prazo, será um fator importante na contenção da demanda, o que, por sua vez, fará baixar os preços”, disse Fitzroy.
A Suíça poderá sofrer a sua pior recessão econômica da História, disse o Governo suíço, com a epidemia de coronavírus reduzindo a economia em cerca de 10,4% este ano.
O Custo de Vida Mundial é um levantamento semestral da Economist Intelligence Unit (EIU) com mais de 400 preços individuais de 160 produtos e serviços em 133 cidades de 93 países. Estes incluem alimentos, bebidas, roupas, artigos domésticos e de higiene pessoal, aluguel, transportes, contas de serviços públicos, escolas privadas, ajuda doméstica e custos de lazer.
Os pesquisadores da EIU fazem um levantamento em uma série de lojas: supermercados, lojas de preços médios e lojas especializadas de preços mais elevados. Os preços não são os preços de varejo recomendados nem os custos dos fabricantes; são o que é cobrado ao cliente pagador.
O levantamento permite comparações de cidade a cidade, mas para efeitos do presente relatório todas as cidades são comparadas com uma cidade de base, Nova York, que tem um índice fixado em 100. O ranking é realizado há mais de 30 anos.
(Fonte EIU)
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O desafio de paquerar em Zurique sem ir à falência
Adaptação: Fernando Hirschy
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