Nestlé aumenta novamente preços de alimentos apesar de protestos de ONGs
A Nestlé, fabricante suíça de alimentos, aumentou os preços de seus produtos em 9,8%, em média, aumentando também os argumentos de que a multinacional está lucrando com a inflação.
As vendas cresceram 5,6%, chegando a CHF 23,5 bilhões (US$ 26,5 bilhões) nos primeiros três meses deste ano, já que os consumidores tiveram que engolir aumentos de preços de até 12% para alguns sorvetes, laticínios e alimentos para animais de estimação.
No mês passado, o Greenpeace International acusou a empresa de alimentos de usar a guerra da Ucrânia e o aumento dos custos de energia como uma desculpa para aumentar os lucros dos acionistas.
O Greenpeace classificou a Nestlé como uma das piores transgressoras, junto com outras 19 multinacionais produtoras de alimentos e fornecedoras de commodities.
As queixas da ONG se seguiram a aumentos médios de preços da Nestlé de mais de 10% no final de 2022.
Mas o CEO da Nestlé, Mark Schneider, disse na terça-feira que os aumentos de preços foram “responsáveis” e necessários para atender às “pressões contínuas de dois anos de inflação de custos”.
As taxas de inflação atingiram dois dígitos em muitas partes do mundo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Na Suíça, o preço das mercadorias aumentou em 2,8% no ano passado, mas o preço de alguns alimentos básicos, como margarina e óleos de cozinha, aumentou 20% em março em uma base anual, de acordo com pesquisa do portal de comparação de preços Comparis.
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