Os pilotos SWISS rejeitam nova proposta de contrato

A SWISS não espera que a rejeição tenha qualquer impacto sobre as operações de vôo © Keystone / Gaetan Bally

Os pilotos da Swiss International Air Lines (SWISS) rejeitaram por uma margem de 80% um novo acordo coletivo de trabalho (CLA), disse no domingo o sindicato dos pilotos Aeropers, acrescentando que o objetivo era retomar as negociações com a administração da SWISS o mais rápido possível.

“Se a administração continua a não reconhecer os sinais dos tempos e não oferece imediatamente soluções adequadas, então os pilotos devem mostrar à administração ainda mais claramente o quanto estão insatisfeitos”, disse sem elaborar.

Não está claro se agora será realizada uma greve.

O contrato atual para o pessoal do cockpit expirou em abril depois que a administração rejeitou um acordo provisório das conversações iniciais, disse Aeropers.

Em uma declaraçãoLink externo no domingo, a SWISS disse que lamentava a rejeição após vários meses de intensas negociações. Em sua opinião, o acordo representava um compromisso que “tratou equitativamente dos interesses tanto da SWISS quanto da Aeropers”.

“Se tivesse sido aceito, o novo CLA nos teria dado estabilidade contratual em um ambiente aéreo altamente volátil pelos próximos quatro anos”, disse Oliver Buchhofer, chefe de operações da SWISS.

A companhia aérea não esperava que a rejeição tivesse qualquer impacto sobre as operações de vôo.

Na Lufthansa

Também no domingo, os pilotos da Lufthansa, empresa matriz alemã da SWISS, votaram por uma margem de 97,6% a favor da ação industrial, ameaçando uma nova interrupção durante a movimentada temporada de viagens de verão.

Greves e falta de pessoal já obrigaram as companhias aéreas, incluindo a Lufthansa e a SWISS, a cancelar milhares de vôos e causaram filas de horas nos principais aeroportos, frustrando os turistas ansiosos para viajar após os lockdowns do Covid-19.

A votação não significa necessariamente a realização de uma greve, mas foi um sinal para o empregador de que era necessário tomar medidas construtivas, disse Marcel Gröls do sindicato de pilotos alemães Vereinigung Cockpit (VC).