Suíça mantém ligações aéreas com o Brasil apesar da variante
Cresce a preocupação com a variante brasileira P.1. Como a situação epidemiológica no Brasil está fora de controle, vários países europeus suspenderam voos vindos do país. Já a Suíça mantém as linhas, aplicando aos brasileiros as mesmas regras de países de risco, apesar de ter tido já 13 casos.
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Delphine Gianora e Feriel Mestiri, RTS
Mais contagioso, virulento e potencialmente mais resistente às vacinas: a variante brasileira de Sars-Cov-2, denominada P.1, preocupa a Europa. Depois de Portugal e Grã-Bretanha, a França decidiu na terça-feira (13.03) suspender todas as ligações aéreas com o país governado pelo presidente Jair Bolsonaro, em uma tentativa de evitar o desastre sanitário que já ocorre no Brasil.
“Tenho de fazer uma quarentena de 10 dias. Mas depois de sete dias, posso fazer um teste. Se este der negativo, sou liberado”, afirma um passageiro logo depois do pouso no aeroporto de Zurique, na noite da terça-feira (13.04), depois de onze horas de voo saindo de São Paulo.
Atualmente, nenhuma medida especial do Departamento Federal de Saúde Pública (BAGLink externo, na sigla em alemão) está sendo aplicada aos passageiros originários do Brasil. Estes estão sujeitos às mesmas regras que para os outros países com risco elevado de infecção. “Estas medidas parecem ter sido suficientes para evitar a propagação dessa variante até agora. Até agora foram poucos os casos na Suíça, mas precisamos permanecer constantemente vigilantes”, explicou Virginie Masserey, do BAG.
Até jovens em UTIs
O Brasil registrou 66.500 mortes devido ao Covid-19 apenas no mês de março. Um grande número foi infectado pela variante P.1. Observada pela primeira vez em Manaus, em meados de dezembro, esta variante se tornou predominante no país. O P.1 tem atingido, sobretudo, pacientes mais jovens. A maioria das pessoas tratadas em UTIs tem hoje menos de 40 anos, de acordo com informações divulgadas no domingo pela Associação Brasileira de Terapia Intensiva.
Segundo um estudo preliminar, publicado em pré-impressão, a cepa P.1 é até 2,2 vezes mais contagiosa do que a original e parece ter uma maior capacidade de reinfectar pessoas previamente infectadas, indicando uma resistência maior às vacinas já desenvolvidas.
13 casos na Suíça
A variante P.1 já ultrapassou as fronteiras do Brasil, particularmente na América Latina. Ela é responsável por quase 24% dos testes analisados no Chile e mais de 66% na Costa Rica, informa a plataforma GISAID. Nos Estados Unidos, Canadá e Europa, a variante brasileira ainda não está muito disseminada: ela foi responsável por 5% de testes sequenciados na Bélgica, 2,6% na Itália e 1,8% na Holanda, os três países europeus mais afetados. Na Suíça, apenas 13 casos foram registrados até então.
Na Europa cresce à pressão para que governos adotem estratégias coordenadas para limitar a importação da variante P.1, seja através da suspensão do tráfego aéreo com o Brasil ou a imposição de medidas mais rígidas de quarentena.
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