Suíça tenta defender queijo Gruyère em acordos comerciais

Em março, um tribunal de apelações dos EUA confirmou que o termo gruyère é um rótulo comum para queijo e não pode ser reservado para um tipo de queijo de uma região específica, ou seja, da Suíça ou da França, no mercado dos EUA. © Keystone / Michael Buholzer

A Suíça deve fazer mais para defender o queijo Gruyère e outros produtos que têm uma denominação protegida na Suíça, de acordo com a Câmara dos Deputados do país.

A recente decisão de um tribunal americano de permitir a continuidade da produção e comercialização do queijo Gruyère nos Estados Unidos foi um tapa na cara de todos os envolvidos no setor do Gruyère AOP (Denominação de Origem Protegida), disse Jacques Nicolet, membro do Partido Popular Suíço (SVP), de direita, no parlamento.

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Em março, um tribunal de apelações dos EUA confirmou que o termo gruyère é um rótulo comum para o queijo e não pode ser reservado para um tipo de uma região específica, ou seja, na Suíça ou na França, no mercado dos EUA.

Essa decisão foi tomada após uma batalha jurídica que vem ocorrendo há vários anos entre o consórcio de produtores de queijo suíços e franceses da região em torno da cidade de Gruyères, no oeste da Suíça, e uma organização americana que atua na produção e comercialização de produtos lácteos.

Na quinta-feira, uma maioria na Câmara dos Deputados suíça apoiou uma moção do SVP para impedir a decisão sobre o queijo Gruyère. De acordo com a moção, o Conselho Federal deve exigir que o reconhecimento da AOP (denominação de origem protegida) suíça seja aplicado e respeitado em todos os futuros acordos comerciais.

A Suíça não tem um acordo comercial preferencial com os Estados Unidos, nem está em processo de negociação de um. Se uma AOP é considerada digna de proteção ou um rótulo genérico nos EUA é uma questão para os tribunais americanos com base no princípio da territorialidade.

A Suíça já está se esforçando para proteger seu rótulo AOP nas negociações de acordos comerciais. Mas o resultado das negociações sempre depende das ambições de todas as partes, de acordo com o ministro da economia Guy Parmelin.

A moção agora será levada ao Senado suíço.