Trabalhadores da construção civil de língua alemã protestam contra as condições de trabalho

Uma manifestação dos trabalhadores da construção civil em Zurique, em 11 de novembro. Desde 17 de outubro, cerca de 15.000 trabalhadores da construção civil participaram de protestos em toda a Suíça contra "exigências desproporcionais por parte dos empreiteiros". © Keystone / Michael Buholzer

Cerca de 2.000 trabalhadores da construção civil de cantões de língua alemã se reuniram em Zurique na sexta-feira para pedir melhorias em suas condições de trabalho.

Os canteiros de obras foram parados enquanto os trabalhadores da construção civil participavam da manifestação no centro da cidade, organizada pelos sindicatos Unia e Syna ao meio-dia na sexta-feira.

Desde 17 de outubro, cerca de 15.000 trabalhadores da construção civil participaram de protestos em toda a Suíça contra “exigências desproporcionais por parte dos empreiteiros”.

Eles estão descontentes com os longos horários – 12 horas de trabalho ou 58 horas semanais – que dizem colocar em risco a saúde e a vida privada dos trabalhadores.

As manifestações são parte de uma série de protestos em busca de uma renegociação do acordo salarial do setor da construção nacional. Demonstrações anteriores aconteceram na Basileia e nos cantões do Valais e do Ticino.

O acordo atual, que cobre cerca de 80.000 trabalhadores, expira no final do ano.

Os sindicatos dizem que os patrões fazem um aumento salarial dependente da aceitação de uma série de medidas, principalmmente classificando os trabalhadores da construção civil de longo prazo em categorias salariais mais baixas e encurtando seus períodos de aviso prévio.

A Sociedade Suíça de Empresários (SSE) criticou as ações de greve, uma vez que elas vêm à frente de uma sétima rodada de negociações entre os parceiros sociais.