84 países debatem clima em Haia

Redução do C02 - gases que geram o efeito estufa - será debatida a partir de segunda-feira 13, na Holanda, na Conferência Mundial sobre o Clima, reunindo 84 países. A Suíça, que adotou normas drásticas, quer maior empenho dos países industrializados.
Na tentativa de reverter o aquecimento do planeta e as conseqüências catastróficas anunciadas (inundações, desaparecimento de amplas faixas de terra, câncer de pele…), oitenta e quatro países participam dessa conferência na busca de um acordo.
O compromisso internacional visando a reverter a evolução do clima foi tomado na Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, em 1992. E em 1997, o Protocolo de kyoto (Japão), fixou objetivos concretos para cada país.
Divergências entre os países que assinaram o documento têm no entanto impedido que ele seja ratificado. Agora em Haia na Holanda, durante duas semanas, os 84 países participantes na Conferência Mundial sobre o Clima devem acertar detalhes sobre aplicação do Protocolo.
O desacordo maior vem de países industrializados em torno do chamado grupo “umbrella” (guarda-chuva), liderados pelos Estados Unidos. Esse grupo receia que normas estritas entravem o desenvolvimento da economia.
A posição do grupo “umbrella” pode se chocar com posição mais rígida da União Européia no sentido de resolver pelo menos por enquanto a questão do aquecimento do planeta.
A Suíça espera desempenhar um papel de intermediária no tentativa de conseguir um compromisso na Holanda, estimando que “um fracasso em Haia dificultaria qualquer passo adicional”.
A esse respeito, vigora na Suíça desde maio, uma lei em conformidade com os objetivos assumidos em Kyoto. Ela visa uma redução de 10 por cento das emissões de CO2 em 2010, em relação a 1990. Se o objetivo não parecer viável pelas normas em vigor, vai aplicar taxa adicional a partir de 2004.
E lembra que “a utilização de energias de origem fóssil (petróleo) e o desmatamento alimentam o aquecimento planetário pela emissão de gases que geram o efeito estufa. Se nada for feito para reduzir essae emissões, os científicos prevêem que a temperatura média da atmosfera terrestre possa aumentar de 1,5 a 6 graus. E o nível dos mares poderia subir meio metro. Essas mudanças teriam conseqüências ecológicas, econômicas e sociais catastróficas”.
A Conferência Mundial sobre o Clima vai até dia 24 deste mês.
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