Anormalidade na atividade cerebral pode ajudar a diagnosticar esquizofrenia
Irmãos e irmãs, com e sem esquizofrenia, compartilham uma "assinatura" cerebral que poderia ajudar os cientistas a desenvolver um diagnóstico precoce e até mesmo um tratamento personalizado, dizem os pesquisadores da EPFL.
Keystone / Christof Schuerpf
Pessoas que sofrem do distúrbio e seus irmãos e irmãs saudáveis compartilham uma "assinatura" cerebral que poderia ajudar no diagnóstico precoce e no desenvolvimento de novos tratamentos, dizem os pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL).
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Abnormal patterns in brain activity could help detect schizophrenia
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A esquizofrenia, que geralmente aparece primeiro em adolescentes e jovens adultos, tem origem em muitas variantes genéticas diferentes que fazem com que o cérebro em desenvolvimento se desvie. Isto torna difícil detectar quem pode estar em risco de desenvolver o distúrbio neuropsiquiátrico.
Os cientistas da EPFL analisaram os padrões cerebrais de 101 pessoas com esquizofrenia, 43 de seus irmãos e irmãs não afetados, e 75 indivíduos saudáveis sem histórico familiar de esquizofrenia.
A equipe examinou os cérebros dos participantes usando eletroencefalografia de estado de repouso (EEG). Suas descobertas, publicadas na revista Nature Communications, revelam os mesmos padrões de atividade cerebral para certos tipos de atividade neuronal ou microstatos de EEG – classe C e classe D especificamente – em pessoas com o distúrbio e seus irmãos e irmãs, mas não em participantes saudáveis.
Entretanto, um terceiro tipo de microstatos, classe B, ocorreu com maior frequência e por períodos mais longos em irmãos e irmãs saudáveis do que naqueles com esquizofrenia. Isto pode explicar porque os irmãos e irmãs não apresentam sintomas do distúrbio, apesar de compartilharem a mesma “assinatura” cerebral que seus parentes com esquizofrenia.
“Isto pode ser um mecanismo de proteção que impede que o desequilíbrio em microstatos classe C e D crie problemas funcionais”, disse a pesquisadora Janir Ramos da Cruz.
O coautor do estudo Michael Herzog disse que a busca de padrões anormais nas ondas cerebrais poderia ajudar no diagnóstico precoce, antes do aparecimento dos sintomas, e até mesmo orientar estratégias personalizadas de tratamento e prevenção.
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