Estudo suíço analisa como o cérebro aprende a lidar com surpresas
Diferentes regiões do cérebro aprendem a lidar com estímulos surpreendentes em momentos diferentes. Isso foi demonstrado por pesquisadores da Universidade da Basileia em um estudo com ratos, publicado na quarta-feira na revista Science Advances.
O modo como a reação do cérebro a estímulos inesperados muda à medida que crescemos tem sido amplamente inexplorado até agora, escreveu a Universidade da Basileia em um comunicado à imprensa.
Distinguir estímulos inesperados de estímulos comuns é uma tarefa importante do nosso cérebro, explicaram os pesquisadores no estudo. Por exemplo, isso nos permite reconhecer ameaças e nos manter seguros.
As crianças pequenas são muito mais fáceis de surpreender do que os adultos. Por exemplo, elas ainda reagem ao aparecimento repentino de sua contraparte no jogo de esconde-esconde mesmo depois da décima vez, disse a universidade. Um cérebro adulto, por outro lado, categoriza estímulos incomuns muito mais rapidamente como “desinteressantes” ou “importantes”.
Para descobrir o que exatamente acontece no cérebro, os pesquisadores reproduziram sequências de sons para ratos em crescimento, nos quais um som diferente era ouvido em intervalos irregulares entre sons idênticos. Ao mesmo tempo, eles realizaram medições que mostraram como as reações de diferentes regiões do cérebro aos diferentes tons mudaram com o tempo.
A experiência é crucial
O estudo mostrou que a reação das várias regiões cerebrais aos tons oblíquos diminuiu à medida que os camundongos cresciam. No entanto, não em todas as regiões cerebrais ao mesmo tempo: a região cerebral chamada colliculi inferiores já não respondia mais fortemente em camundongos com 20 dias de idade do que em camundongos adultos, e no chamado córtex auditivo primário no córtex cerebral isso durou até o 50º dia de vida.
Em anos humanos, isso corresponderia aproximadamente a uma idade de 20 anos, escreveu a Universidade da Basiléia no comunicado à imprensa.
Os pesquisadores também demonstraram que a experiência desempenha um papel decisivo nesse estágio final, ou seja, no desenvolvimento do córtex cerebral. Em camundongos que foram criados em um ambiente sem ruído, o processamento de sons inesperados foi retardado.
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