Luta contra analfabetismo dá resultados

llustração swissinfo.ch

No dia internacional da alfabetização, a mensagem da Unesco é de otimismo. Apesar do aumento da população, o analfabetismo passou de 45 a 23 p/cento nos últimos 50 anos. Na Suíça, entre 13 a 19 p/cento dos adultos têm problemas de iletrismo.

Globalmente o analfabetismo está diminuido no mundo mas persistem disparidades enormes. A média mundial atualmente é de 23 p/cento de analfabetos mas 19 países (14 africanos e 5 asiáticos) ainda têm mais de 70 p/cento de analfabetos.

Além disso, o analfabetismo está aumentando em parte da África, no sudeste asiático e alguns países árabes, segundo a Unesco, organização das Nações Unidas para Educação e Cultura, que consagra 8 de setembro como jornada internacional da alfabetização.

Na Suíça, embora o analfabetismo seja considerado erradicado desde o século XIX, entre 13 a 19 p/cento da população adulta têm problemas de iletrismo, segundo dados da OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Essas pessoas aprenderam a ler e escrever na escola mas, anos depois, têm problemas para compreender o que lêem. O trabalho de reedução é feito pela associação “Ler e Escrever”, nas três principais regiões linguísticas da Suíça (alemã, francesa e italiana).

O problema veio à tona com a crise econômica e o aumento do desemprego nos anos 90, em que muitas pessoas desempregadas não conseguiam acompanhar os cursos de reciclagem. “No início as pessoas se sentiam ofendidas e envergonhadas”, afirma Chantal Jaquet, da associação “Ler e Escrever”.

No entanto, afirma ela, “nos últimos anos, a população e as autoridades estão mais sensíveis ao problema” e o número de adultos inscritos nos programas da Associação vem aumentando.

swissinfo com agências