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Novo método para detectar genes revela doenças

Atividades dos genes podem ser detectadas simplesmente medindo quanto um detector de nanoescala curva (imagem: SNI) gene diagnostic tool (picture: SNI)

Pesquisadores do Instituto Suíço de Nanociência na Basiléia desenvolveram um método para detectar genes relevantes para doenças e o seu tratamento.

A esperança é de que essa técnica possibilite diagnósticos médicos personalizados aos pacientes e dê uma melhor visão de como funcionam os processos moleculares no corpo humano.

O novo método detecta genes ativos diretamente através de sensores fixados em minúsculas vigas de silício, que tem apenas 450 nanômetros de espessura. Um nanômetro é unidade de comprimento equivalente à bilionésima parte de um metro.

As vigas se curvam quando elas detectam uma atividade específica do gene em uma amostra, um resultado que pode ser medido oticamente. Nesse sentido, um sistema com uma série de sensores poderia ser utilizado para medir as atividades de diferentes genes.

O detector nanomecânico é extremamente sensível e preciso, como explicam os cientistas na Basiléia.

“As tecnologias atuais de análise genética se apóiam em métodos que deformam as moléculas”, explica Christoph Gerber, o chefe da equipe de pesquisas.

A vantagem da nova técnica é o fato dela não provocar nenhuma forma de distorção. Ela também permite seus usuários a literalmente pescar genes individuais, que podem ser especialmente interessantes graças ao fato deles serem muitas vezes indicadores do mal sofrido por alguma pessoa.

“Se você adoeça, com, por exemplo, câncer, trata-se do resultado de uma disfunção genética”, conta Gerber à swissinfo. “Ou o gene foi ativado, ou foi desativado ou ele está inativo. E se alguma coisa der errado, então isso pode levar a uma doença”.

Pessoal

Gerber acredita que uma vez que uma disfunção foi detectada, é possível medir o impacto de medicamentos utilizado para tratar a doença. “Esse é o ponto inicial para a personalização dos diagnósticos médicos”, acrescenta.

Roche, empresa farmacêutica suíça que tem um grande interesse na área de negócios dos diagnósticos, acompanha com grande proximidade as pesquisas realizadas.

Pelo fato do método funcionar em questão de minutos, ela acredita que este poderia ser utilizado como um monitor em tempo real para as reações do paciente ao tratamento dado, permitindo médicos de contornar possíveis efeitos colaterais não esperados.

A atividade genética varia de acordo com cada indivíduo de acordo com sua carga hereditária. Isso significa que, se um medicamento funciona para uma pessoa, pode não funcionar para outra.

Gerber admite que a técnica possa ser teoricamente aplicada para qualquer tipo de doença com base molecular. Mas ele também acredita que ela possa trazer resultados mais ambiciosos: para entender o que nos faz funcionar, sobretudo pelo fato do genoma humano já ter sido mapeado.

Decodificando humanos

“A decodificação do genoma humano mostrou que apenas um pequeno número de genes são responsáveis pelo processo molecular do nosso corpo, ao contrário do que se acreditava anteriormente”,

“Esses genes têm funções múltiplas. Nós sabemos do que eles são feitos, mas não entendemos ainda suas funções”.

O instituto de nanociência espera reduzir ainda mais as dimensões dos detectores para que eles sejam mais sensíveis e baratos. Na Roche o trabalho já começou. O principal objetivo é desenvolver sistemas personalizados de diagnóstico.

Apesar dos bons resultados dos testes, Gerber lembra que ainda serão necessários mais cinco anos até que essa nova tecnologia possa ser utilizada com regularidades com pacientes.

Os resultados da pesquisa foram publicados na edição de dezembro da revista científica Nature Nanotechnology.

swissinfo, Scott Capper

O gene é a unidade fundamental da hereditariedade. Cada gene é formado por uma seqüência específica, mais ou menos longa, de ácidos nucleicos.
O conjunto dos genes de um organismo, população ou espécie constitui o genoma.
O gene é um dos fatores que determinam a forma ou função de uma dada característica qualquer dos seres vivos, pois é por meio dele que ocorre a produção de proteínas.
Outro factor importante é o ambiente.

A nanotecnologia está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais) de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica). O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos (os tijolos básicos da natureza).

É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores, Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros). Um dos instrumentos utilizados para exploração de materiais nessa escala é o microscópio eletrônico de varredura, o MEV.

O objetivo principal é chegar em um controle preciso e individual dos átomos. (Wikipédia em português)

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