Pesquisadores suíços aumentam acidentalmente os efeitos do Botox
Pesquisadores suíços descobriram os meios para sobrecarregar o Botox, enquanto realizavam experimentos destinados a amortecer os efeitos da neurotoxina.
O projeto de pesquisa estava procurando maneiras de inibir os efeitos do Botox, de acordo com uma declaração do Paul Scherrer Institute (PSI) na segunda-feira.
Os pesquisadores do PSI desenvolveram proteínas que se acoplam à parte da enzima responsável por seu efeito sobre os nervos. Essa técnica foi planejada para agir como um supressor.
Para a surpresa dos pesquisadores, no entanto, aconteceu o contrário: o efeito tóxico começou ainda mais rápido do que o normal, como mostrou um relatório publicado na segunda-feira na revista “Nature Communications”. “Inicialmente, pensamos que tínhamos feito algo errado”, disse a autora principal do estudo, Oneda Leka, no anúncio da PSI.
A toxina botulínica A1, ou Botox, ganhou notoriedade por seu uso como auxílio cosmético. Entretanto, o Botox também é usado na medicina terapêutica, como enfatizou o PSI.
Por exemplo, para tratar dor, espasticidade ou problemas urinários. Até mesmo no câncer de estômago, o Botox é usado para bloquear o nervo vago e, assim, retardar o crescimento do tumor.
O Botox funciona quebrando determinadas proteínas que são importantes para a transmissão do sinal nervoso. No projeto de pesquisa, os pesquisadores produziram artificialmente pequenas proteínas, as chamadas DARPin, que deveriam funcionar de forma semelhante aos anticorpos e se acoplar à parte da proteína responsável por quebrar outras proteínas.
“In vitro – ou seja, no tubo de ensaio em amostras individuais – também identificamos um candidato DARPin adequado que restringe a função da toxina botulínica”, disse o responsável do estudo Richard Kammerer.
Entretanto, em experimentos no laboratório e, posteriormente, em músculos de ratos, ocorreu o contrário. Os pesquisadores explicam isso dizendo que a DARPin, na verdade, desestabiliza a toxina de tal forma que ela é transportada mais rapidamente para o interior da célula nervosa.
Mas isso não é uma má notícia, enfatizaram os pesquisadores: O Botox, por exemplo, poderia aliviar a dor mais rapidamente do que antes.
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