Pesquisadores suíços identificam variantes genéticas ligadas à progressão do câncer
Pesquisadores do instituto federal de tecnologia ETH Zurich pesquisaram como as mutações genéticas afetam a função celular. Ao empregar duas técnicas CRISPR/Cas, eles avaliaram a importância dessas mutações no desenvolvimento e no tratamento do câncer.
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Pesquisadores do Departamento de Ciência e Engenharia de Biossistemas da ETH Zurich, na Basileia, modificaram um gene em duas linhas de células humanas de mais de 50.000 maneiras diferentes.
Isso lhes permitiu criar uma vasta gama de variantes de células, cuja funcionalidade foi testada. Eles se concentraram em um gene crucial para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, incluindo câncer de pulmão, cérebro e mama.
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Para gerar um número tão grande de variantes de genes, os pesquisadores combinaram dois métodos CRISPR/Cas, anunciou a ETH Zurich na terça-feira (12). A edição de bases permite a modificação fácil e confiável de blocos de construção individuais de DNA, enquanto a edição primária permite alterações precisas em segmentos específicos de genes.
De acordo com a ETH Zurich, os pesquisadores identificaram e descreveram a importância de dez variantes de genes que anteriormente não tinham um impacto claro sobre o desenvolvimento do câncer.
Essas variantes contribuem para a progressão do câncer ou o tornam resistente a determinados medicamentos. A equipe de pesquisa também descobriu um novo mecanismo pelo qual uma mutação no gene pesquisado pode causar câncer e identificou seis novas e relevantes variantes de genes envolvidos no câncer.
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Os pools de células com diferentes variantes de genes são cruciais para a pesquisa. Os oncologistas estão examinando cada vez mais as informações genéticas das células tumorais dos pacientes. Esses dados oferecem percepções sobre quais medicamentos podem ser eficazes para cada paciente individual, continuou o relatório.
(Adaptação: Fernando Hirschy)
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