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Programa suíço detecta estresse no uso do computador

pessoa com mouse e teclado de computador
O comportamento do mouse e do teclado era um melhor indicador de estresse do que o ritmo cardíaco, os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir. Keystone / Martin Ruetschi

Os pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia ETH Zürich desenvolveram um programa para detectar o estresse na forma como as pessoas usam o mouse e o teclado do computador, o que, segundo eles, poderia ajudar a evitar mais estresse no local de trabalho.

“A maneira como digitamos no teclado e movemos o mouse parece indicar melhor o estresse no trabalho do que nosso ritmo cardíaco”, diz a autora do estudo Mara Nägelin, citada por um comunicado de imprensa do ETH ZürichLink externo na terça-feira. As pessoas que estão estressadas movem o mouse com mais frequência e com menos precisão, revelou o estudo. Elas também cometem mais erros ao digitar.

Os pesquisadores do ETH observaram 90 participantes do estudo no laboratório, executando tarefas de escritório que estavam o mais próximo possível da realidade, tais como o planejamento de compromissos ou o registro e análise de dados. Eles registraram o comportamento do mouse e do teclado dos participantes, assim como seus batimentos cardíacos. Os pesquisadores também perguntaram várias vezes aos participantes o nível do estresse sentido durante a experiência.

Os pesquisadores estão atualmente testando o programa com dados de funcionários suíços que concordaram registrar seu comportamento no uso do mouse e do teclado, bem como os dados cardíacos no local de trabalho. O mesmo programa também pergunta regularmente aos funcionários seus níveis de estresse subjetivo. Os resultados devem estar disponíveis até o final do ano, de acordo com o instituto de tecnologia de Zurique.

A detecção do estresse no local de trabalho também levantou algumas questões controversas. “A única maneira das pessoas aceitarem e utilizarem nossa tecnologia foi garantindo o anonimato e a proteção de seus dados”, diz a psicóloga Jasmine Kerr, coautora do relatório. “Queremos ajudar os trabalhadores a identificar o estresse antecipadamente, e não criar uma ferramenta de monitoramento para as empresas”.

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