Até 2040, quase um em cada cinco carros na Suíça deve ser totalmente automatizado. Quem estiver a bordo poderá fechar os olhos e (em teoria) relaxar.
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Nascido em Londres, Thomas trabalhou para o jornal inglês The Independent antes de se mudar para Berna em 2005. Domina três idiomas suíços oficiais e gosta de viajar pelo país e praticá-los, sobretudo nos seus pubs, restaurantes e sorveterias.
Kai trabalha como designer na equipe multimídia da SWI swissinfo.ch. Na junção entre jornalismo e design, desenvolve infográficos, animações, mapas e novos formatos para mídias sociais.
Mas a atitude em relação à mobilidade, em particular com a partilha de automóveis, terá que mudar para evitar um aumento da demanda por recursos energéticos e o meio ambiente.
Segundo um relatório da Secretaria Federal de Estradas e Rodagem da Suíça, “os veículos automatizados tornarão o tráfego rodoviário mais seguro, mais fluido e resultarão em um melhor uso da frota de carros disponível”.
“Além disso, os veículos autônomos aumentarão o acesso à mobilidade para novos grupos de usuários, como idosos, crianças e pessoas com deficiência. A partilha de automóveis também se tornará mais atraente.”
Como mostra o gráfico, enquanto em 2015 os seres humanos tinham controle total em mais de quatro dos cinco veículos na Suíça, os sistemas digitais já estão assumindo cada vez mais o volante. Em 2040, apenas um em dez motoristas terá que manter seus olhos na estrada.
O relatório reconhece, no entanto, que “devido às novas e diversas possibilidades”, o nível geral da mobilidade aumentará, e se a prioridade for dada à conveniência e a proporcionar mais opções para os indivíduos, a situação pode piorar, “diminuindo a eficiência energética, aumentando o consumo de energia e o impacto sobre o meio ambiente”.
Isso poderia ser evitado, explicou, se as novas possibilidades forem combinadas de maneira inteligente com outros aspectos do mundo digital e se as pessoas aceitarem dividir mais seus de carros.
A secretaria federal acrescentou que os efeitos sobre quase todos os setores do mercado de trabalho também seriam consideráveis, em particular os motoristas de camiões, ônibus e táxis.
Os 3500 instrutores de autoescolas da Suíça também estão preocupados, e as seguradoras – e os advogados – terão mais trabalho para determinar quem é responsável em caso de acidente: o proprietário/passageiro, a empresa de software ou o fabricante de automóveis?
Prós e contras
Um estudo publicado no ano passado pelo Boston Consulting Group, em associação com o World Economic Forum, com sede na Suíça, questionou mais de 5500 pessoas em dez países sobre o que achavam dos carros autônomos.
No total, 58% disseram que dariam uma volta em um carro totalmente automatizado e 69% disseram que entrariam em um carro parcialmente automatizado.
As principais razões apontadas para o uso de tal veículo foram “me levar até um lugar, encontra uma vaga de estacionamento e estacionar sozinho” (43%) e “me permite fazer várias tarefas e ser produtivo enquanto viajo” (40%).
As duas principais preocupações foram “não me sinto seguro se o carro está dirigindo sozinho” (50%) e “quero estar no controle em todos os momentos” (45%).
O que você acha? Você entraria em um carro que dirige sozinho? Dê sua opinião nos comentários abaixo!
Você já utilizou ferramentas de inteligência artificial no trabalhho? Elas o ajudaram ou, ao contrário, causaram mais estresse, aumentaram a carga de trabalho ou até mesmo resultaram na perda do emprego?
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