Dois pesquisadores suíços foram agraciados com o Prêmio Nobel, lembrando que seus astrofísicos estão na vanguarda da busca por exoplanetas e também em muitas outras áreas de pesquisa espacial. Agora uma startup do país foi até encarregada de "limpar" o espaço.
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Depois de iniciar a carreira na imprensa regional (jornal e rádio) na Suíça francófona, entrei para a Rádio Suíça Internacional (RSI) em 2000, que depois veio se tornar a plataforma online swissinfo.ch. Desde então, escrevo - e às vezes rodo até vídeos - sobre todos os tipos de assuntos: de política à economia, cultura e ciência.
Foi um tema que fez as manchetes dos jornais em dezembro de 2020: ClearSpace-1 é uma novidade mundial. A Agência Espacial Européia (AEE) investiu milhões em uma startup suíça, que construirá o primeiro sistema de coleta de lixo espacial.Sua missão já está definida: coletar detritos e levá-lo a uma órbita de reentrada na atmosfera, onde o atrito irá carbonizá-los em uma chuva de estrelas cadentes.
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Primeiro “coletor” de lixo no espaço vem da Suíça
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Pela primeira vez, a Agência Espacial Europeia (AEE) investe 86 milhões de euros em uma startup. E ela vem da Suíça. Sua missão: recolher o lixo espacial, que se tornou um perigo concreto para as missões espaciais.
Por outro lado, em 1995, essa descoberta fez pouco barulho fora dos círculos científicos. Ao longo dos anos, contudo, o público começou a perceber que o que era até então ficção científica, agora era realidade comprovada: a galáxia está repleta não apenas de estrelas, mas também de planetas. E os primeiros a identificar um desses mundos que orbitam uma estrela que não seja o nosso sol se chamam Michel Mayor e Didier Queloz.
Vinte e quatro anos depois, essa descoberta rendeu-lhes o Prêmio Nobel de Física.
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“Com o Prêmio Nobel, você alcança o Olimpo da Ciência”
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swissinfo.ch: O Prêmio Nobel pegou você de surpresa. No dia 8 de outubro, nem sequer lhe passou pela cabeça que este seria o dia em que os vencedores seriam anunciados. Mas dada a importância da descoberta, e o fato de já você já ter sido nomeado várias vezes, no fundo você deve ter tido uma esperança, não? Didier…
Os aplausos não são meramente educados, afinal este Nobel é totalmente justificado. A descoberta é uma das mais importantes do século 20 em astronomia, e abriu novos campos de pesquisa para entender nosso lugar no universo e multiplica por milhões as chances de encontrar vida extraterrestre.
No aniversário de 20 anos da descoberta deste primeiro exoplaneta, dediquei um artigo mais aprofundado sobre o assunto.
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Milhares de planetas, mas onde está a vida?
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Alguns compararam a descoberta dos dois suíços à de Cristóvão Colombo. Com a diferença que ninguém, na dimensão humana, vai pisar num desses mundos exóticos. De qualquer maneira, a maioria parece mais o inferno de Dante do que uma terra prometida. Mesmo assim, a confirmação do fato de que o universo formiga de planetas (e…
Mas a busca pela vida não é uma tarefa fácil, ainda mais quando a procuramos em mundos a centenas de milhares de bilhões de quilômetros de distância. É aqui que entra a engenhosidade humana, e também os nossos cientistas suíços.
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Bilhões de mundos a descobrir
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Desde a descoberta dos pesquisadores suíços Michel Mayor e Didier Quéloz em 1995, o catálogo de planetas orbitando volta de estrelas que não são o sol (eles são também conhecidos como exoplanetas) aumenta a cada semana. Se já dispomos das primeiras fotos, a detecção desses mundos distantes centenas de milhares de bilhões de quilômetros ocorre…
Mas não é necessário ir tão longe. Se sabemos que não os marcianos ou venusianos não são pequenos homens verdes , a ciência não exclui vida elementar e microscópica no Sistema Solar. Em Marte – ou talvez em algumas das luas de Júpiter ou Saturno? As sondas que buscam vestígios de vida utilizam as mesmas técnicas há 50 anos. Porém há uma revolução prestes a acontecer. E, desta vez também, os suíços estão na vanguarda.
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Suíça guarda trunfo na busca de vida no espaço
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A mesma tecnologia é utilizada desde 1970 para pesquisar a vida no espaço. Pesquisadores da Universidade de Berna trabalham agora na revolução.
Paralelamente a busca por exoplanetas continua. Hoje em dia a ciência já sabe do que estes são feitos. Essa é a missão do telescópio espacial CHEOPS, o primeiro satélite europeu “Made in Switzerland”, lançado em dezembro de 2019. Após alguns meses em órbita, já forneceu seus primeiros resultados na primavera de 2020.
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Descoberta promissora em busca de vida extraterrestre
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A superterra (n.r.: um planeta extrassolar) LHS 1140 está na constelação de Cetus distante 40 anos-luz da Terra, indica o Observatório Europeu do Sul (ESO). Os cientistas descrevem o exoplaneta como o “melhor lugar para procurar sinais de vida além do sistema solar”, de acordo com um comunicado de imprensa divulgado na quarta-feira. “Dificilmente poderíamos…
Essa engenhosidade era necessária desde o início da missão. Aliás, como podemos ter certeza da existência desses planetas, já que, além de uma ou duas fotos nebulosas com uns pontos vagos de luz, ninguém jamais os viu? A explicação está neste vídeo.
Mas a reputação dos suíços no espaço não se dá através de projetos como o Clear Space, CHEOPS, Mayor e Quéloz, ou mesmo pelo astronauta nacional Claude Nicollier – o primeiro especialista em missão não-americana da NASA.
Em 1969, os astronautas Niel Armstrong e Edwin ‘Buzz’ Aldrin pousaram na Lua com um relógio suíço no pulso. E a primeira coisa que fizeram lá, antes mesmo de fincar a bandeira estelar norte-americana, foi instalar a vela solar desenvolvida pela Universidade de Berna – o único experimento científico não-americano a bordo do Apollo 11.
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Como a Universidade de Berna se tornou uma referência na exploração espacial
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O reator foi ativado e as chamas escapam explosivamente do bocal do foguete. O solo estremece com intensidade crescente. Somos então lançados da praça do Palácio Federal em direção à Lua, e para muito mais além. Em poucos momentos vemos nosso planeta azul, a Terra, de cima. Oito projetores digitais montados na estrutura em forma de…
Desde o início da exploração espacial, raramente houve uma missão americana ou européia que não levasse alguma tecnologia suíça. O país é célebre pela fabricação de instrumentos confiáveis de alta precisão, condições essenciais para resistir às constrições de uma viagem espacial.
Seja movendo um veículo espacial em Marte, “cheirando” gases que escapam de um cometa, ou tirando imagens de alta definição de um planeta no sistema solar, os engenheiros suíços têm a solução.
A Suíça, o país da relojoaria e da mecânica de precisão, também possui um sistema de ensino e pesquisa muito eficaz. Isso explica em parte como uma pequena nação nas montanhas se tornou um grande país no espaço.
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Tendências na pesquisa
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O governo federal presta apoio à pesquisa acadêmica por intermédio da Fundo Nacional Suíço de Pesquisa CientíficaLink externo (SNSF). Os fundos do SNF financiam programas de pesquisa e delineam as diretrizes para a política de pesquisa a longo prazo. O Pólo de Pesquisa Nacional (NCCR) O SNF fomenta atualmente projetos de pesquisa a longo prazo usando…
Rosetta repousa para sempre no solo gelado de seu cometa
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A 719 milhões de Km da Terra, o cometa Tchoury (67P/Tchourioumov-Guérassimenko de seu nome verdadeiro), tornou-se o túmulo da sonda Rosetta, que girava em torno dele há dois anos. Dentro de alguns meses, o cometa estará fora da órbita de Júpter e os painéis solares da sonda não terão mais energia suficiente para sobreviver. Os…
Como evitar que a inteligência artificial seja monopolizada?
Como evitar o monopólio da IA? Com o potencial de resolver grandes problemas globais, há risco de países ricos e gigantes da tecnologia concentrarem esses benefícios. Democratizar o acesso é possível?
Você já utilizou ferramentas de inteligência artificial no trabalhho? Elas o ajudaram ou, ao contrário, causaram mais estresse, aumentaram a carga de trabalho ou até mesmo resultaram na perda do emprego?
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