COVID-19, uma das principais causas de morte no Chile
A COVID-29 se tornou uma das principais causas de morte no Chile, onde se registram mais de 5.500 mortos e 271.000 contagiados, segundo o último balanço do governo sobre a doença, mas os falecidos se aproximariam de 9.000 segundo critérios da OMS.
A quatro meses do primeiro caso confirmado, o Chile é um dos focos do vírus na região, com um registro de 4.216 novos contagiados, contabilizando um total de 271.982, enquanto as mortes aumentaram em 162, totalizando 5.509, de acordo com o balanço diário divulgado neste domingo (28) pelo ministério da Saúde com base em dados obtidos pelo escritório do Registro Civil.
Durante o informe, também foi entregue um balanço do Departamento de Estatísticas e Informação de Saúde (DEIS), que registrou 8.935 mortes. Este informe ministerial soma os mortos que provavelmente foram causados pelo vírus e que é atualizado semanalmente, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Rafael Araos, chefe de Epidemiologia do Ministério da Saúde, sustentou que as diferenças entre os dados de falecidos entregues eram esperados e se explicam porque o informe do DEIS “inclui mais fontes de informação do que as contempladas no boletim diário, o que lhe permite ter mais elementos de julgamento para atribuir a causa básica de morte de forma exata”.
Estes números alarmantes de mortos tornaram a COVID-19 uma das doenças mais letais no Chile desde março – quando ocorreu o primeiro óbito -, superando amplamente outros males, como os cânceres em órgãos digestivos (3.267 mortes) ou doenças cérebro-vasculares (2.150).
Em junho, a pandemia respondeu por 45% das mortes no país, indicou o último informe do DEIS.
“Temos uma grande quantidade de mortos pelo coronavírus e é provável que continuem aumentando. Pensamos que a velocidade de crescimento, com as medidas que estão sendo implementadas, vá diminuindo”, afirmou Araos.
Enquanto mais da metade dos 18 milhões de habitantes do Chile estão em quarentena total por causa do vírus, as autoridades afirmam que a falta de adesão por parte da população favoreceu a disseminação do vírus.
No entanto, o governo tem privilegiado uma série de quarentenas seletivas com grande concessão de permissões para empresas “essenciais”, que permitiu a mobilização de dezenas de milhares de trabalhadores para não interromper as operações comerciais.
Nas últimas 24 horas, mais de um milhão de pessoas pediram permissão para sair, principalmente para a aquisição de alimentos, enquanto cerca de 30.000 deixaram Santiago neste fim de semana, aproveitando que segunda-feira é feriado.