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Mais de 1.500 crianças eritreias vivem nos campos de refugiados na Etiópia, sem suas famílias. Os menores têm sete anos. A eles é dedicada uma ala no campo de Mai-aini, com uma escola e uma área de lazer. Mas a espera de uma nova casa pode durar anos. Por isso, às vezes eles tentam fugir. Destino: Europa
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A maioria dos menores têm entre 14 e 17 anos. É nessa faixa etária, durante o último ano escolar, que eles são convocados para o exército eritreu.
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As crianças mais novas são "cuidadas" por uma mãe durante o dia, que prepara a comida. Algumas crianças fogem da Eritreia para acompanhar seus irmãos mais velhos. No entanto, às vezes elas cruzam a fronteira por engano, sem saber que provavelmente não voltarão.
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Inicialmente, os menores foram acolhidos em famílias que vivem no campo, parentes distantes ou desconhecidos. Esta solidariedade, no entanto, falta, especialmente após a saída repentina de refugiados para outros países.
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Dentro do acampamento foi criado um Parlamento da Juventude, destinado a recolher e transmitir as necessidades e queixas à ACNUR. "Nós gostaríamos de estudar mais, dizem duas meninas. E poder abraçar nossa família."
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Em Mai-Aini, as crianças têm a oportunidade de ir à escola. As disciplinas ensinadas são poucas e os professores mudam regularmente, dizem os membros do parlamento. No campo de refugiados, também são organizadas atividades recreativas como cursos de música e dança.
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Com exceção dos mais novos, os menores não acompanhados devem se cuidar, cozinhar, lavar roupa, buscar água e comida na despensa, ir à escola etc.
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No acampamento do UNHCR vivem entre 4 e 6 crianças desacompanhadas. As paredes têm as marcas deles.
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Um grupo de mulheres prepara todos os dias centenas de peças de injera, o típico pão de farinha teff , base da cozinha etíope e eritreia.
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Os menores não acompanhados ficam vários anos em campos de refugiados na Etiópia. O UNHCR tem um programa de reinserção nos Estados Unidos, mas ele é limitado a uma centena de crianças por ano, no máximo.
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Cada vez mais crianças decidem deixar os campos para chegar ao Mediterrâneo e buscar refúgio na Europa. Estima-se que nos primeiros seis meses de 2014, mais de 60.000 imigrantes desembarcaram na costa italiana; 10.000 eram menores não acompanhados, vindos principalmente da Eritreia.
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Até na Suíça, o número de crianças desacompanhadas tem aumentado durante os primeiros seis meses de 2014: dos 252 que pediram asilo, 149 são eritreus. Eles são normalmente alojados em centros de acolho, junto com adultos. É designada uma pessoa de contacto para as questões administrativas e legais. Diversas ONGs acusam o Serviço Federal de Migração de retardar o processo de tomada de decisão, esperando que eles atinjam a maioridade. A crítica é rejeitada pelas autoridades.
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Este conteúdo foi publicado em
02. setembro 2014 - 11:00
(Fotos: Stefania Summermatter / Edição: Christoph Balsiger)
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