Surrealismo suíço: quando o imaginário torna-se realidade
Isabelle Waldberg,
Retrato de Marcel Duchamp sobre um velho tabuleiro chinês de xadrez com duas peças e duas esculturas, cerca 1978; Retrato de Duchamp, 1958; 5 objetos de bronze, mármore, ferro, alumínio e madeira, pintados em antigo tabuleiro chinês laqueado de xadrez, 19 x 44 x 44 cm
Museu de Arte de Berna (Kunstmuseum)
(2018, ProLitteris, Zürich)
ProLitteris, Zürich
Alberto Giacometti,
Fleur en danger, 1932 (Flor em perigo)
madeira, gesso, arame e corda, 56 x 78 x 18 cm
Kunsthaus Zürich, Alberto Giacometti Foundation
(Succession Alberto Giacometti / 2018, ProLitteris, Zurich)
Succession Alberto Giacometti / 2018, ProLitteris, Zürich
Paul Klee,
Marionettes, 1930
Óleo sobre papelão, 32 x 30,5 cm
(Kunsthaus Zürich, Erna and Curt Burgauer Collection)
Kunsthaus Zürich, Sammlung Erna und Curt Burgauer
Lutz & Guggisberg,
Great Sky Bonnet, 2016 (Grande gorro de céu)
Isopor, gesso e óleo, 52 x 52 x 52 cm
Da coleção dos artistas
(2018, ProLitteris, Zurich, foto:
Lutz & Guggisberg)
Lutz & Guggisberg
Meret Oppenheim,
Sol, Lua e Estrelas, 1942
Óleo sobre tela, 48 x 51 cm
Coleção particular, Berna
(2018, ProLitteris, Zurich)
2018, ProLitteris, Zürich
Werner Schaad,
Metamorfose no Espaço, 1930
Óleo sobre tela, 116 x 147 cm
Museum zu Allerheiligen Schaffhausen
(foto: Museum zu Allerheiligen Depositum Kunstverein Schaffhausen)
Museum zu Allerheiligen Schaffhausen, Depositum Kunstverein Schaffhausen
Sonja Sekula,
Sem título, 1943
Óleo sobre tela, 64 x 94 cm
Museu de Arte de Lucerna, parte da coleção BEST
(foto: Andri Stadler)
Kunstmuseum Luzern, Depositum der BEST Art Collection
André Thomkins,
Kopfei (Ovo de cabeça), 1973
casca de ovo, botão, cordão, 26 x 16 x 16 cm
Museu de Arte de Aargau (Argóvia), Aarau
(foto: Jörg Müller)
Aargauer Kunsthaus, Aarau
Eva Wipf,
Schrein II (Altar II), cerca 1975
Objeto montado em caixa de madeira, 54 x 46 x 15 cm
Museu de Arte de Aargau, Aarau
(foto: Jörg Müller)
Aargauer Kunsthaus, Aarau
Jean Tinguely,
Méta-Matic No. 6, 1959
Base nivelante em ferro, elementos em chapa de ferro, rodas de madeira, elásticos de borracha e hastes de metal, todos pintados de preto, e um motor elétrico, 51 x 85 x 48 cm
Museum Tinguely, Basel.
(2018, ProLitteris, Zurich,
foto: Christian Baur)
Museum Tinguely, Basel
Max von Moos,
Schlangenzauber (O encanto da serpente),1930
Têmpera e óleo sobre papelão, 81 x 54 cm
Coleção particular
(2018, ProLitteris, Zurich,
foto: SIK-ISEA Zurich)
ProLitteris, Zürich
Walter Kurt Wiemken,
Alles in Allem (De modo geral), 1934
Óleo sobre tela, 160,5 x 100,5 cm
Kunstmuseum Basel, doação dos herdeiros do artista 1943
(foto: SIK-ISEA Zurich)
SIK-ISEA Zürich
Otto Abbt,
Komposition, 1934
Óleo sobre tela, 94 x 140 cm
Coleção Kunstkredit Basel-Stadt
(foto: Art credit Basel-City)
Sammlung Kunstkredit Basel-Stadt
Pode-se dizer que o surrealismo partiu de uma explosão ocorrida na Suíça, mais precisamente em Zurique, em fevereiro de 1916, quando um bando de artistas radicais, expatriados dos quatro cantos da Europa, lançou o manifesto Dada, pontapé inicial de diversas vanguardas modernistas do século 20. Mas surrealismo suíço? A primeira grande exposição sobre o tema no Aargauer Kunsthaus traz à luz todo um movimento que passou despercebido pela história da arte no país.
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Nasci na Inglaterra e vivo na Suíça desde 1994. Me formei como designer gráfica em Zurique entre 1997 e 2002. Mais recentemente passei a trabalhar como editora de fotografia e entrei para a equipe da swissinfo.ch em março de 2017.
Helen James (editora de fotografia), Isobel Leybold-Johnson (texto)
O surrealismo foi caracterizado “mais por uma mentalidade artística do que por um programa estilístico”, de acordo com o Aargauer Kunsthaus. “Em tempos de tensões políticas, os artistas surrealistas rejeitaram a repressão e o controle, e expressaram diretamente suas fantasias, visões e medos”, diz em sua introdução à exposiçãoLink externo, que abriu em 1º de setembro.
Vários artistas suíços ajudaram a moldar o surrealismo internacional, seja como predecessores, como Paul Klee, ou como membros do movimento que começou em Paris na década de 1920, incluindo Alberto Giacometti e Meret Oppenheim.
A exposição também considera como o surrealismo não caiu bem no clima culturalmente conservador da Suíça na década de 1930, bem como a influência do movimento na arte posterior.
Um foco especial é dado a artistas mulheres, mesmo que nem todas tenham se identificado necessariamente como surrealistas. “A presença deles na exposição reconhece o fato de que as mulheres faziam parte da história da arte suíça do século 20”, de acordo com o Aargauer Kunsthaus.
A exposição “Surrealismo Suíço” vai até 2 de janeiro de 2019 e conta com obras de cerca de 60 artistas.
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