Daguerreotipo de um escravo africano da coleção de Agassiz. O cientista, em 1859, fundou o Museu de Zoologia Comparada, o primeiro edifício construído com financiamento público nos Estados Unidos para propósitos científicos, e ainda hoje um museu de história natural líder em pesquisa sobre diversidade biológica. Em 1865, Agassiz foi ao Brasil comandando a Expedição Thayer, que saiu de Nova York e passou pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Nordeste e Amazônia. Ali fez estudos sobre os mestiços brasileiros.
AP / Andy Kuno
David de Pury (1709-1786): Banqueiro muito próximo ao primeiro ministro português Marquês de Pombal, de Pury era acionista de organizações que comercializavam pessoas escravizadas. Entre 1757 e 1784, a empresa Purry, Mellish & Devisme detinha o monopólio do pau Brasil. A extração foi assegurada por populações indígenas e africanas escravizadas. De Pury era um dos principais acionários da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba (CGPP), que tinha o monopólio do diamante, tabaco e escravizados no Brasil. Tanto nas minas de diamante como nas plantações de tabaco, a mão de obra explorada era escravizada.
Thomas Hickey
Jacques-Louis Pourtalès (1722-1814): conhecido como o rei dos comerciantes, Pourtalès era um dos suíços mais ricos de seu tempo. Possuía plantações de algodão, café e açúcar com cerca de 700 escravos em Grenada, país do Caribe. A família também administrava fábricas de tecidos na Suíça, além de atuar em negócios pelo mundo.
Aurèle Robert
O antigo prédio da reitoria da Universidade de Neuchâtel foi construído por Pourtalès e era sua residência. Há cerca de dois anos o prédio não pertence mais à Universidade.
Cooperaxion
Villa Belvoir, que foi construído pela família Escher e hoje abriga um restaurante e escola de hotelaria.
Grün Stadt Zürich
A filha de Escher, Lydia Welti Escher (1858-1891), ficou célebre como uma das grandes mecenas das artes, criadora da Fundação Gottfried Keller e uma das mulheres mais ricas da Suíça no século 19. Na foto ela aparece ainda criança em frente à Villa Belvoir, cerca de 1860.
Baugeschichtliches Archiv Zürich
Café, cacau, açúcar, algodão - o comércio transatlântico também trouxe novos produtos para os consumidores suíços. Do cacau, se fez o chocolate. Das batatas da América do Sul, se produzia o Rösti. Do milho, a polenta. Na foto, fachada da tradicional loja "de produtos coloniais" Schwarzenbach, em Zurique, até hoje oferecendo secos e molhados de lugares "exóticos".
imago/Karo
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.
SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.