Uma viagem no tempo na Fête des Vignerons

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A estreia do espectáculo em 1889 incluiu a Cerimônia da Coroação, que tem sido o coração de todos os Dias do Viticultor desde 1797. Esta cerimônia recompensa os melhores viticultores que foram habilmente avaliados nos últimos cinco anos pela Confrérie des Vignerons de Vevey Confrérie des Vignerons

O cartaz oficial de 1889. (Confrérie des Vignerons) Celine Michel

Nos primeiros dias. Um postal da cerimônia de abertura do Festival dos Viticultores, em Vevey, 1927.(ETH Zurich) ETH Bildarchiv

Cartaz de 1927. (Confrérie des Vignerons) Celine Michel

O mensageiro do llimping, Samuel Burnand, que caminhou de Berna a Vevey para o Festival dos Vinicultores de 1955. (Keystone/Walter Studer) Keystone / Walter Studer

A apresentação das Quatro Estações na abertura do festival de 1955. (Keystone) Keystone / Str

Cartaz de 1955. (Confrérie des Vignerons) Celine Michel

Os viticultores são coroados no festival de 1977.(Confrérie des Vignerons) Confrérie des Vignerons.

Um dos muitos espetáculos do Festival dos Viticultores de 1977 em Vevey. (Keystone) Keystone / Str

Baco, o deus do vinho, representado por Francois Commend (meio) em 1977. (Keystone) Keystone / Str

Cartaz de 1977. (Confrérie des Vignerons) Celine Michel

Os ensaios de vestimenta começam para o Festival dos Viticultores de 1999. Os stands estão cheios de espectadores, a orquestra à direita, com o lago Genebra ao fundo em 1999. (Keystone/Fabrice Coffrini) Keystone / Fabrice Coffrini

Os seguidores do deus vinho, Baco, assistindo a um eclipse solar que aconteceu durante a festa em Vevey, 1999. (Confrérie des Vignerons) Confrérie des Vignerons

O último cartaz oficial de 1999. (Confrérie des Vignerons) Celine Michel

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É assim que a "Fête des Vignerons" (Festa dos Vinicultores), realizada na pequena cidade de Vevey, à beira do lago de Genebra, foi vista no passado. A próxima edição acontece neste verão.

O colorido festival Link externoao ar livre, patrimônio imaterial da UNESCO, celebra as tradições vitícolas das regiões de Lavaux e Chablais, na Suíça de língua francesa.

As origens do festival remontam aos séculos XVII-XVIII, quando a corporação local de viticultores, a Confrérie des VigneronsLink externo, passou a organizar desfiles em Vevey após cada encontro anual para celebrar a cultura do vinho e o trabalho dos melhores viticultores.

Na altura, o cantão de Vaud estava sob domínio bernês – um período de 1536 a 1798, caracterizado pela austeridade protestante – e os festivais populares eram raros. A procissão inédita de participantes locais atraiu assim uma atenção crescente da região e de outros lugares.

Por volta de 1770, a confraria, influenciada pelas ideias do Iluminismo, decidiu recompensar os viticultores locais mais merecedores. Em 1797, foi tomada a decisão de transformar a procissão em um evento maior – a Fête des Vignerons – com um palco na praça da feira livre de Vevey para 2.000 espectadores, que pagavam para assistir à procissão recriando as quatro estações e uma cerimônia de coroação.

Desde então, o concurso tem sido realizado aproximadamente a cada 20 anos e tem crescido em importância. Também evoluiu, introduzindo novos elementos que glorificam a nação e a tradição, bem como divindades pagãs como Baco, o deus romano do vinho. Músicos e dançarinos se esbarram aos cuidadores de vacas, que simbolizam a ligação entre a cidade vinícola à beira do lago e as regiões montanhosas circundantes. A famosa Ranz des Vaches – a canção para chamar as vacas no pasto – é um grande destaque em cada edição.

Em 1889, o festival popular se expandiu com um palco para 12.000 pessoas. Este ano, uma moderna arena de 20.000 lugares foi construída para o show de duas horas realizado por Daniele Finzi Pasca, diretor das cerimônias olímpicas de Sochi e Turim. Apesar da enorme capacidade logística e profissional necessária para organizar o evento privado de 100 milhões de francos suíços, que deverá atrair um milhão de visitantes, quase todos os participantes são voluntários locais e muitos dos temas são idênticos aos que foram celebrados pela primeira vez há mais de 200 anos.

Entretanto, o trabalho da confraria continua. Três vezes por ano, viticultores especialistas nomeados pela corporação visitam cerca de 100 vinhedos selecionados para avaliar a qualidade do seu trabalho. Os resultados são apresentados a cada três anos e os melhores viticultores são homenageados em um banquete para todos os produtores. 

Adaptação: Fernando Hirschy