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Genebra recebe festival de cinema sobre direitos humanos

O cineasta Rithy Panh (esq.) e a diretora do festival, Isabelle Gattiker. swissinfo.ch

Para festejar os quinze anos de existência, o Festival Internacional do Filme e Fórum Internacional dos Direitos Humanos (FIFDH) em Genebra inova ao dar espaço às artes plásticas. 

Desde os primórdios, o evento se apresenta como um espaço de intercâmbio, emoções e debates na proximidade do Conselho dos Direitos Humanos, cuja primeira sessão ocorre no mesmo período.

A grande novidade ao completar 15 anos: o FIFDHLink externo vai além do cinema e se abre às artes plásticas. Especialmente a artista Abdul Rahman Katanani (exposto na galeria Analix ForeverLink externo), que vive no campo palestino de Sabra e Chatila; o marroquino Mounir FatmiLink externo (presidente do júri para os filmes de ficção), que interroga, através das suas instalações, as tradições muçulmanas; a fotógrafa nova-iorquina Debi CornwallLink externo e seu olhar sobre a prisão de Guantánamo. Todos eles apresentam rostos, destinos, intimidades sobre as injustiças e atrocidades do mundo além dos números e constatações dos investigadoresLink externo da ONU.

“Essa abertura a outras formas artísticas nos permite explorar novos territórios, novos públicos e chegar às pessoas”, comenta Isabelle Gattiker, a enérgica e jovem presidente do festival.

Essa é a mesma abordagem que levou o cineasta franco-cambojano Rithy Panh (convidado de honra do festival) a construir uma instalação, que dá o tom no seu último filme “ExilLink externo“, em competição no festival.  

Abdul Rahman Katanini durante a exposição na galeria Analix Forever. swissinfo.ch

Sucesso crescente

O festival atrai um público cada vez mais numeroso apesar dos temas tratados. “Um dos segredos é o fato do evento ocorrer em Genebra, a capital dos direitos humanos. É uma das chaves do nosso sucesso. “O festival ocorre durante a principal sessão do Conselho dos Direitos Humanos, o que nos permite colocar em valor as temáticas abordadasLink externo nos espaços da ONU e lhes complementar”, explica Isabelle Gattiker.

Nesse ano, repleto de temores e acontecimentos, o festival deve atrair um público ainda maior. “Para os ativistas, os cineastas, os artistas e defensores dos direitos humanos, é um bom momento. Em um mundo com tantos conflitos, as pessoas têm vontade de se unir para exprimir sua indignação e também procurar formas de se engajar e entrar em ação. Sentimos falta de locais que reúnem e nos permitem sair do isolamento”, ressalta a diretora.

Sim, mas como aumentar o alcance? “O cinema continua a ser a chave. Ele agrega ao contar histórias. Ele permite nos colocar no lugar de outras pessoas e ver o mundo de uma forma diferente”, responde Gattiker. 

Conteúdo externo

Adaptação: Alexander Thoele

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