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Galerias brasileiras e portuguesas na maior feira do mundo

Sonia Gomes com um trabalho da coleção Torsões. Lourdes Sola

Os trabalhos de quatro mil artistas estão expostos em Basileia, cidade à beira do Reno na região nordeste da Suíça. Até domingo, a Artbasel, considerada a maior feira de arte do mundo, vai reunir colecionadores, artistas, galeristas e amantes da arte. Em sua 44a edição, a mostra reúne trabalhos de 39 países, representados por cerca de 300 galerias, inclusive brasileiras e portuguesas.

Pela primeira vez a galeria brasileira Mendes Wood participa da Art Basel  – as  outras duas são a Fortes Vilaça e Luisa Strina. Este ano, a galeria de São Paulo exibe trabalhos da artista Sonia Gomes, com as peças da coleção Torsões. A artista veio pela primeira vez à Artbasel. “É uma grande oportunidade expor meu trabalho aqui”, disse. Ela conta que sempre gostava de fazer suas roupas ou de mudar as bijuterias que comprava. Logo percebeu que suas peças não tinham lugar no mundo da moda, mas no da arte. “As pessoas achavam minhas criações muito loucas e diferentes”, lembra-se.

Há 20 anos Sonia deixou a advocacia e passou a se dedicar à arte. “Acho que a arte é uma atividade exclusivista: tem de se dedicar totalmente a ela. Fiz isso”, explica.

Há duas galerias portuguesas na feira, a Cristina Guerra e a Pedro Cera. “Há crise em Portugal, mas acho que o mercado de arte, especialmente aqui, fica acima das crises”, disse Mercedez Cera.

A galeria Cristina Guerra expõe há 10 anos na Artbasel “Estamos vivendo um momento de crise em Portugal e por isso para nós a feira de Basileia é ainda mais importante do que sempre foi”, explica. De acordo com a dona da galeria, participar da Artbasel significa investimento de 90 mil euros, que ela pretende recuperar nos próximos dias. Este ano ela chegou à mostra com 20 trabalhos, que variam de 10 a 200 mil euros. Antes de abrir a feira, quando só a visitam os clientes vips, ela já tinha vendido quatro. “Quero vender todos”.

Apesar de todo o investimento, durante a Artbasel, a maior atração dos visitantes na praça de exposições é uma favela.

Na entrada, a instalação Favela Café, do artista japonês Tadashi Kawanata, tornou-se um espaço de convivência agradável.

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