Janela n°4: cantão de Turgóvia
Zsuzsanna Gahse, a rainha das aliterações no mundo literário de língua alemã.
Quando Zsuzsanne Gahse fugiu da Hungria aos dez anos de idade, certamente nunca imaginou uma carreira como autora em língua alemã. Era 1956 e seus pais estavam deixando o país em meio a revolta popular contra o regime comunista húngaro. Eles fugiram para Viena (Áustria) e depois para Kassel (Alemanha).
Depois do ginásio, Zsuszanna GahseLink externo se mudou para Stuttgart, onde começou a escrever. Ela se apaixonou pelas palavras, pelas frases, pelo ritmo da linguagem. Seguiram-se inúmeros textos e romances, “no interstício entre prosa e poesia”, como ela mesma descreve seu estilo.
“Zsuszanna Gahse cultiva a sagacidade e a ironia, e não apenas em seu aspecto lúdico. “Ela gosta de observar os fenômenos sociais, brincando com o som das aliterações, as mudanças no tempo produzidas pela transição da sentença sinuosa para a palavra isolada”, de acordo com o Departamento Federal de Cultura (FOC), que lhe concedeu o Grande PrêmioLink externo Suíço de Literatura de 2019, a mais alta distinção literária da Suíça.
De seus 40 romances, apenas dois foram traduzidos para o francês (Logbuch: Livre de bord e Cubes danubiens), o que pode ser visto também como uma prova da complexidade e do domínio do idioma de Goethe.
Zsuszanna Gahse vive na Suíça desde o início dos anos 90. Ela é casada com o pintor suíço Christoph Rütimann, com quem vive há 22 anos no vilarejo de Müllheim, na Turgóvia.
No vídeo abaixo, você pode ter uma ideia mais visual do trabalho e da vida diária de Zsuzsanna Gahse (em alemão, com legendas em francês e italiano):
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