Um vento de liberdade no festival de cinema de Locarno
Livre e variada: é assim que o diretor artístico Carlo Chatrian imaginou a 69ª edição do festival de cinema de Locarno, que acontece entre os dias 3 e 13 de agosto. Dos 17 filmes em competição, dois são suíços.
A 69ª edição marca o retorno ao espírito original do festival, “que tem dado espaço para filmes de diretores menos conhecidos e emergentes”, ressalta Carlo Chatrian.
Na programação, uma retrospectiva dedicada ao cinema alemão do pós-guerra, ou a exposição dedicada ao cineasta e escritor Alejandro Jodorowsky, que receberá o “Leopardo de Honra”, um dos prêmios do festival.
Na Piazza Grande, onde acontece o evento, vão desfilar entre outros, o mais recente filme de Ken Loach “Eu, Daniel Blake”, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e “Le ciel attendra”, um filme de Marie-Castille Mention-Schaar sobre o tema da radicalização jihadista dos jovens franceses.
17 filmes disputarão o “Leopardo de Ouro”, o principal prêmio de Locarno, oito deles dirigidos por mulheres. Entre elas a suíça Milagros Mumenthaler, que depois de vencer em 2011 com “Abrir puertas y ventanas” retorna à Locarno com um filme que tem como pano de fundo a ditadura argentina. Ao seu lado estará também um outro cineasta suíço, Michael Koch, de 34 anos, que apresentará seu primeiro longa-metragem “Marija”, que conta a história de uma jovem ucraniana empregada como faxineira na Alemanha.
O Festival de Locarno também homenageará dois grandes diretores desaparecidos recentemente: Michael Cimino e Abbas Kiarostami.
Os vencedores do Leopardo de Ouro desde 1968
Adaptação: Fernando Hirschy
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