24 de janeiro, 22 horas, Kana Arai e Natsuka Abe, de 16 anos, chegam em Lausanne acompanhadas de Miwa Horimoto, diretora da escola Acri-Horimoto Ballet Academy. “Não estou cansada, mas excitada”, afirma Kana, apesar das 18 horas de viagem. Reportagem de swissinfo.ch
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Thomas Kern nasceu na Suíça em 1965. Após se formar como fotógrafo em Zurique, começou a trabalhar como fotojornalista em 1989. Fundou a agência Lookat Photos em 1990. Kern ganhou duas vezes o prêmio World Press Award e recebeu várias bolsas de pesquisa na Suíça. Seu trabalho é tema de exposições e suas imagens encontram-se em várias coleções.
Este ano, 71 dançarinos participam do Prêmio de Lausanne, entre eles 21 japoneses. Há vários anos, eles são cada vez mais numerosos. “Isso se explica pelo fato que, no Japão, há muitas escolas de alto nível mas não existem companhias de dança em que, como na Suíça, os dançarinos são assalariados.
Como os japoneses devem deixar o país para se tornarem profissionais, o Prêmio de Lausanne é certamente o melhor meio”, explica Miwa, que trabalhou no Teatro de Basileia em sua juventude.
Miwa traz seus alunos ao Prêmio de Lausanne há dez anos e se orgulha disso. Natsuka, filha e neta de bailarinas clássicas, começou aos 3 anos “naturalmente” e decidiu que seria sua profissão. “Meu sonho é entrar na Royal Ballet School à Londres!”
Para o Prêmio, Kana preparou uma peça clássica e uma contemporânea, “A Glória da Primavera”, em que ela se transforma em animal. “Tento imaginar o que sente alguém no momento de ser morto: o medo e a angústia”, conta. Seu objetivo é a “Royal Winnipeg Ballet School” no Canadá. “Sei que não poderei mais voltar para o Japão, se me torno profissional, mas como é isso que quero fazer, já aceitei essa ideia.”
“O Prêmio de Lausanne também é um dos melhores lugares para encontrar um bom diretor de Balé”, declara Miwako. Natsuka. Kana escuta atenciosamente sua professora mas, por enquanto, elas só pensam no concurso que começa depois de amanhã.
(Fotos: Thomas Kern, swissinfo.ch; Texto: Kuniko Satonobu, swissinfo.ch)
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