A arte de escalar os Alpes foi premiada com o cobiçado título de patrimônio cultural imaterial da UNESCO, que celebra tradições, formas de arte e práticas bem conhecidas.
Uma candidatura conjunta de comunidades montanhistas e guias da França, Itália e Suíça foi aprovada na reunião anual do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO em Bogotá, na Colômbia.
Os grupos se uniram para promover o esporte de alta montanha, que leva seu nome da cordilheira que se estende pelos três países europeus.
“Ele requer habilidades físicas, técnicas e intelectuais, e é caracterizado por uma cultura compartilhada familiarizada com os ambientes de alta montanha, a história da escalada e valores associados”, disse a UNESCO.
“O alpinismo também envolve o conhecimento do ambiente natural e um forte espírito de equipe. A maioria dos membros da comunidade pertence a clubes alpinos, que atuam como uma força motriz para a cultura alpinista”.
Enquanto os primeiros vestígios do alpinismo remontam à antiguidade, um dos atos fundadores do alpinismo moderno foi a primeira ascensão do Mont Blanc por Jacques Balmat e Michel-Gabriel Paccard em 1786.
A candidatura à UNESCO foi liderada pelas cidades de Chamonix (França), Courmayeur (Itália), Orsières (Suíça) e o cantão do Valais, com a colaboração científica da Universidade de Genebra.
Essa não é a primeira vez que a Suíça ganha o título de patrimônio da UNESCO pela sua cultura de montanha. Em 2018, o conhecimento, a experiência e as estratégias de gestão dos riscos de avalanche, que têm sido constantemente atualizados e transmitidos ao longo de gerações na Suíça e na Áustria, foram oficialmente reconhecidos como um tesouro cultural mundial.
Na quinta-feira (12), a UNESCO concedeu o mesmo título às procissões da Semana Santa de Mendrisio, no cantão do Ticino, na Suíça italiana. As procissões de Mendrisio acontecem todos os anos na Quinta-feira Santa e na Sexta-feira Santa e atraem milhares de espectadores.
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