A favela da Babilônia fica no morro atrás da praia do Leme, na zona sul do Rio de Janeiro. Aqui do alto tem-se uma vista privilegiada, de frente para o mar. Os prédios lá embaixo parecem de miniatura. Os barracos tomam conta da paisagem e formam um mosaico de tijolos, lajes e degraus. Por entre eles escorre a vida de milhares de pessoas.
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O conjunto arquitetônico põe em causa as leis mais elementares da física. O labirinto de vielas e escadarias sem fim é um desafio à logística mais suíça. Um cenário de eterna luta entre o bem e o mal, no meio da pobreza, da violência, das dificuldades pela sobrevivência dentro e fora da lei.
Na favela, todos os dias são diferentes, não existe uma rotina como na Suíça, onde os dias são os mesmos. Quem acorda aqui não sabe o que vai acontecer nem quem vai encontrar. Foi assim que o artista suíço Karl A. Meyer encontrou Fabio Nativo, um jovem mulato, nascido e criado no morro da Babilônia e atleta profissional de MMA.
Meyer conta que no início tudo era muito complicado e diverso como um caleidoscópio. Com o tempo, o artista foi, como um canivete suíço, tirando suas ferramentas para entrar no mundo da Babilônia. Simpatia, paciência, curiosidade e uma velha câmera Polaroid foram as suas armas. O uso de uma a uma serviu para “roubar” a alma dos nativos e devolvê-la em forma de arte.
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O suíço da Babilônia: Karl A. Meyer, o Macunaíma ao avesso
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A favela da Babilônia fica no morro atrás da praia do Leme, na zona sul do Rio de Janeiro. Aqui do alto tem-se uma vista privilegiada, de frente para o mar. Os prédios lá embaixo parecem de miniatura. Os barracos tomam conta da paisagem e formam um mosaico de tijolos, lajes e degraus. Por entre…
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