Nasca em Zurique: eram os deuses astronautas?
O Museu Rietberg de Zurique abriu sexta-feira a maior exposição jamais realizada sobre os nasca. Os famosos geoglifos dessa cultura que floreceu no sul do Peru entre 200 AC e 650 DC geraram diversos mitos através dos séculos. ‘Nasca. Perú – Em busca de pistas no deserto’ traz uma perspectiva sem precedentes deste enigma histórico.
“A exposição traz consigo a bagagem de 20 a 30 anos de pesquisa arqueológica e oferece uma nova perspectiva sobre a cultura nasca”, diz Cecilia Pardo, curadora da coleção do Museu de Arte de Lima (MALI).
Graças aos novos métodos tecnológicos aplicados à arqueologia, explica ela, foi possível determinar como esses geoglifos foram elaborados e com que função, bem como a forma como a civilização nasca se desenvolveu, sendo considerada como artífice de uma das mais refinadas criações artísticas pesquisadas pela arqueologia mundial.
Concebida por Cecilia Pardo e pelo curador do Departamento de Artes das Américas do Museu Rietberg, Peter Fux, a mostra contou com a participação de cerca de quinze especialistas de diferentes países do mundo, e é resultado da colaboração entre o MALI e o Museu Rietberg, em cooperação com o Centro Nacional de Arte e Exposições da Alemanha.
Conta também com o apoio da Fundação Suiça-Liechtenstein para pesquisas arqueológicas no exterior, e a participação da Escola Politécnica de Zurique (ETH) que contribuiu com o escaneamento do terreno para a construção de maquetes, assim como os dados tecnológicos do projeto multidisciplinar em Nasca e Palpa.
São ao todo cerca de 200 peças de cerâmica, pintura e objetos têxteis que ilustram a sociedade, a história e a arte desta fascinante civilização, e oferece aos visitantes a oportunidade de abordá-la através de novas tecnologias, incluindo fotografias capturadas com a ajuda de drones, projeções em grandes maquetes, e lentes em terceira dimensão.
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