Janela n°16: cantão do Valais
Não fale com ela sobre rap feminino. KT Gorique, a rapper mais famosa do Valais, diz em alto e bom som: "A arte não tem gênero".
Ela é um pouco feminista, um pouco valaisanne e um pouco marfinense também. Navega pelo reggae e pelo rap, com um toque de música africana. Ela é uma mistura de gêneros, influências, origens, e as reivindica todas.
KT GoriqueLink externo nasceu na Costa do Marfim em 1991 e mudou-se aos 11 anos com sua família para a Suíça, mais precisamente para Martigny, no Valais. Foi lá que ela começou a dançar hip-hop e se interessou cada vez mais pela música. Sua expressão corporal aos poucos foi dando mais lugar à escrita, e acabou coroada campeã mundial de freestyle (improvisação) em Nova York em 2012, tornando-se a primeira mulher, a primeira suíça e a mais jovem a ganhar o título.
KT Gorique está envolvida em seus projetos em todos os níveis. Ela é a autora de todas as suas letras, compõe os arranjos e pensa na atmosfera sonora e visual de cada álbum.
Em maio de 2020, ela lançou uma nova obra chamada Akwaba, que significa “bem-vinda” em baoulé, o dialeto marfinense falado por sua família. Em uma entrevista à emissora pública RTS, ela confidenciou: “Eu tendia a fazer faixas de reggae, faixas inspiradas na música africana, faixas de rap… mas ainda não havia encontrado a maneira certa de juntar tudo isso para fazer um som que me agradasse. Voltei à Costa do Marfim em junho de 2018 e essa viagem me ajudou a descobrir onde eu queria ir com este álbum”.
Assista ao vídeo de Çi Ça e se deixe levar pelo vudu melódico de KT Gorique:
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Este ano, a SWI swissinfo.ch decidiu dedicar seu Calendário de Advento ao mundo da cultura – e à cultura suíça em particular. Concertos cancelados, museus fechados, apresentações proibidas – a crise do coronavírus atingiu duramente os artistas em todos os campos.
A fim de apoiá-los à nossa maneira e permitir que você descubra seus mundos encantados e variados, lhes convidamos a abrir uma nova janela a cada dia, que revelará uma personalidade particular. Alguns são mais populares do que outros, mas todos têm em comum que são contemporâneos e reconhecidos internacionalmente em sua arte.
Siga-nos durante o mês de dezembro e conheça aqui uma rapper do Valais, um dançarino da Basileia, um escritor da Thurgau (Turgóvia), um trompetista de Friburgo…
E é bom lembrar: nossa seleção não tem a intenção de apresentar “o melhor” da arte suíça. Nós simplesmente desejamos oferecer a você uma paleta o mais rica possível.
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