Andando na corda bamba como defensor da democracia na Tailândia
Na Tailândia, os manifestantes contrários à monarquia não estão dispostos a desistir de sua luta pela democracia. O jornalista Pravit Rojanaphruk, o mais recente de nossas Vozes Globais da Liberdade, explica o que está em jogo.
Uma foto impressionante em preto e branco, do fotógrafo italiano Jan Daga, mostra um protesto em agosto de 2020: filas de jovens estudantes andam de mãos dadas por uma rua de Bangkok, seguidos por policiais fortemente armados. Em frente à cena está um jornalista solitário com um smartphone, noticiando ao vivo do campo de batalha da democracia tailandesa – Pravit Rojanaphruk.
O jornalista de 51 anos trabalha como redator sênior para a Khaosod English (“notícias frescas”). Antes, ele mantinha uma coluna regular para o The Nation, um jornal de língua inglesa no país, mas foi pressionado a renunciar devido às suas opiniões políticas após o golpe de Estado de 2014. Desde então, ele ganhou reputação como um dos mais proeminentes defensores da democracia e da liberdade de expressão no sul da Ásia – e consequentemente foi chamado de “inimigo do povo” e preso várias vezes.
Em uma conversa para nossa série Vozes Globais da Liberdade, Rojanaphruk menciona frequentemente um obstáculo-chave à democracia em seu país – a chamada legislação “lèse majesté”, que proíbe todas as críticas à monarquia.
Os partidários de uma democracia moderna na Tailândia se encontram andando na corda bamba. Milhares de manifestantes, principalmente jovens, foram presos e encarcerados desde que Jan Daga tirou aquela imagem icônica no verão passado. Por sua vez, Pravit Rojanaphruk ainda está marchando na vanguarda deste importante movimento pela liberdade de expressão e poder popular: como repórter profissional e fervoroso defensor da democracia.
Adaptação: Fernando Hirschy
Adaptação: Fernando Hirschy
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