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“Vacinas não protegem contra doenças”, diz ONG suíça

Vacina contra a gripe suína não será a primeira. Na foto, vacinação contra a gripe asiática em 1957. Keystone

De acordo com uma recomendação da Comissão Federal para as Vacinações (CFV), cerca de 1,2 milhão a 2 milhões de pessoas de grupos de risco devem ser vacinadas contra a gripe suína a partir de outubro na Suíça.

A vacina não é eficaz e seus efeitos colaterais são pouco conhecidos, diz Anita Petek, da ONG Aegis Suíça, que se autodenomina “maior organização crítica às vacinas na Europa”.

Segundo a Secretaria Federal de Saúde, até esta terça-feira (17/8), 841 casos da chamada gripe suína foram confirmados Suína – nenhuma morte. Desde o início de julho, houve 11 hospitalizações no país em decorrência do vírus A(H1N1).

swissinfo.ch: A Comissão Federal para a Vacinações (CFV) recomenda a vacinação de pessoas integrantes de grupos de risco. Qual a sua opinião sobre isso?



Anita Petek: Em princípio vale o seguinte: se a vacina protegesse, esses assim chamados pacientes de risco deveriam ser vacinados. Só que ela não é eficiente.

Entre os pacientes de risco são listadas pessoas com doenças graves, como, por exemplo, pacientes crônicos de doenças cardíacas, pulmonares, metabólicas, insuficiência renal etc. Sempre se diz que só pessoas saudáveis devem ser vacinadas. Quando se vacina pessoas doentes ou até gravemente enfermas, aumenta o risco de que elas tenham complicações e consequências graves dessa vacinação.

Naturalmente é correto proteger essas pessoas contra uma doença, mas não através de um outro risco grave.

Então o governo suíço gastou em vão 84 milhões de francos por 13 milhões de doses de vacina?

Em nossa opinião, essas doses ou o dinheiro que foi gasto com elas realmente não têm sentido. Quando autoridades, como a nossa Secretaria Federal de Saúde, compram vacinas por milhões de francos, mas ao mesmo informam que que a lavagem das mãos com sabão e “tossir higienicamente” são uma alternativa à vacinação, então se pergunta por que ela adquiriu vacinas. Parto do princípio de que em cada lar suíço existe pelo menos um pedaço de sabão e, à exceção do efeito colateral da limpeza, não devem ocorrer outros.

Por que a Aegis é contra qualquer vacina, também contra a vacina antigripe A(H1N1)?

O Instituto Robert Koch, na Alemanha, teve de admitir que não há qualquer estudo ou pesquisa neutra sobre a eficácia e a proteção de uma vacinação. Como podemos ver que as pessoas vacinadas – independentemente do tipo de vacina – adoecem como as não vacinadas, é evidente que a vacina não protege. Especialmente a vacina anual contra gripe é muito criticada, porque observamos que ela só tem uma eficácia entre 10 e 30%.

“Quem recomenda a não vacinação age de forma irresponsável”, diz Hans Binz, vice-presidente da CFV.

Se as vacinas realmente protegessem contra doenças e não tivessem ou só tivessem poucos efeitos colaterais, então realmente seria uma irresponsabilidade recomendar não fazê-las.

“Toda vacina tem influência nociva” – escreve a Aegis em seu website. A CFV tem outra opinião. Ela diz que as objeções dos críticos da vacina não têm base científica.

Cada vacina é constituída, além de vírus ou bactérias do agente patogênico, por 80 a 100 diferentes ingredientes, tais como Thimerosal (mercúrio), hidróxido de alumínio, formaldeído etc. Sabemos há anos como estas substâncias reagem sobre o organismo. Sobre isso há muitos estudos.

Críticos dos adversários da vacina os acusam de se beneficiar da proteção dos vacinados e, ao mesmo tempo, colocar em risco a saúde destes. Qual a sua opinião sobre isso?

Se a vacina realmente fosse capaz de proteger, então realmente se poderia acusar as pessoas que não se vacinam de abusar dos vacinados. Mas ,uma vez que essa vacina não é capaz de proteger quem quer que seja, a questão é diferente.

Quantos adversários das vacinas há na Suíça e por que seu número aparentemente é elevado num país da indústria farmacêutica?

O número exato dos adversários de vacinas na Suíça não é conhecido. Mas é evidente que o número deles aumenta de ano para ano. Nós, da Aegis Suíça, somos a maior e mais ativa organização crítica às vacinas na Europa. Talvez por isso o número de adversários da vacina seja tão alto.

Geraldo Hoffmann, swissinfo.ch

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