A situação pode esquentar em Davos
Um bem-vindo caloroso da swissinfo.ch em Davos sob a neve. O 47° encontro anual do Fórum Econômico Mundial começa na terça-feira...
As estações suíças de esqui estão esperando há muito tempo a neve. Finalmente ela chegou durante o final de semana. Foi tanta, que o popular tobogã de Schatzalp chegou a fechar no sábado. A imprevisibilidade das temperaturas globais e os padrões climáticos serão debatidas em um certo número de sessões sobre o meio ambiente em Davos. Uma sessão, prevista para ocorrer na quarta-feira, irá questionar se os países estão cumprindo os compromissos firmados na conferência mundial sobre o clima COP21 em dezembro de 2015.
Os principais cientistas do mundo vão falar sobre as mudanças das temperaturas do Ártico durante o WEF a partir de uma base nessa região remota. Al Gore, antigo vice-presidente dos Estados Unidos, irá falar juntamente com Christiana Figueres, a ex-secretária-executiva da Conferência das Partes sobre o Clima da ONU (COP) no Instituto de Pesquisa da Neve e Avalanches em Davos (WSL).
Eu estarei acompanhando o evento e outros também durante essa semana.
O presidente Xi Jinping será o primeiro líder chinês a discursar no WEF na terça-feira. Ele chegou no final de semana na Suíça acompanhado por um grande comitê de políticos e empresários. As empresas chinesas estão cada vez mais ativas na Suíça, especialmente nos últimos anos. A estatal química ChemChina, por exemplo, comprou a multinacional suíça Syngenta por 43 bilhões de dólares. Outra empresa chinesa, a Haers Vacuum Containers comprou também o tradicional fabricante de garrafas térmicas suíço, Sigg. Também o conglomerado chinês HNA Group engoliu a empresa de serviços aeroportuários Swissport e Gategroup.
Na sexta-feira, o encontro em Davos estará no seu ápice. Nesse dia, Donald Trump se tornará o 45° presidente dos Estados Unidos. Ele enviou diversos representantes da sua equipe de transição à Davos. Ao mesmo tempo, o vice-presidente americano ainda no cargo, Joe Biden, e o secretário de Estado, John Kerry, irão discursar em Davos.
Eu também tentarei descobrir o que a adesão integrar da Suíça no Horizon 2020, o programa de financiamento científico da União Europeia, significa para ela. Outra questão interessante será descobrir como a Suíça irá devolver bilhões de francos congelados em contas de um ditador da Tunísia.
O WEF estará focado também nos conflitos da Síria e do Iraque e a consequente crise de refugiados e seu impacto na Europa. No mundo ocidental, líderes avaliam a ascensão do populismo como uma reação do eleitorado da classe média. O que 2017 nos trará?
Essa é apenas a ponta do iceberg metafórico. Esse encontro global sempre precisa apresentar algumas surpresas.
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