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Os magnatas da Suíça ficaram mais ricos

Apesar de 2016 ser um ano conturbado financeiramente, os magnatas da Suíça conseguiram se tornar ainda mais ricos. As 300 pessoas mais ricas agora valem CHF613 bilhões, com sua fortuna aumentando em CHF18.6 bilhões em relação ao ano passado.

A família do magnata dos móveis Ikea é a mais rica da Suíça Keystone

Isso é muito mais do que o crescimento de CHF6 bilhões registrado no ano passado, de acordo com a revista Bilanz, que publicou sua lista anual das 300 pessoas mais ricas da Suíça na quinta-feira. Mais de um em cada cinco indivíduos ou famílias na lista de 2016 tiveram um aumento de riqueza.

Os números – em um ano de baixas taxas de juros, mercados voláteis e incertezas políticas – surpreendem Dirk Schütz, editor-chefe da Bilanz. “Isso mostra que a economia suíça ainda está muito enérgica”, disse à emissora pública suíça SRF.

A sociedade também se beneficia, acrescentou Schütz. “Muitas grandes empresas ainda são familiares e é aqui que os empregos estão sendo criados. Se a empresa se sai bem, o mesmo acontece com seus funcionários.”

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Em 25 casos da lista, a fortuna diminuiu. A indústria sofreu em 2016, especialmente o setor relojoeiro. “Esta indústria teve fortes perdas no volume de negócios que fez cair o preço das ações. É por isso que a fortuna dessas famílias diminuiu”, explicou Schütz. Por exemplo, a família Hayek, do Grupo Swatch, que perdeu CHF1.25 bilhão em 2015.

Investimentos imobiliários representam cerca de um quinto da fortuna total das 300 pessoas mais ricas. Entre os que entraram na lista pela primeira vez, esses investimentos representam um terço.

O setor é considerado uma opção segura, disse o especialista em imóveis Donato Sconamiglio. “Não importa a situação dos mercados, o aluguel é sempre pago”, disse à SRF.

Topo de diamante

Não há mudança no topo da lista: a família Kamprad, da rede de lojas de móveis Ikea, ocupa o primeiro lugar com uma fortuna estimada, em 2015, em CHF45-46 bilhões, de acordo com a Bilanz. O número dois é o barão das cervejas, o suíço-brasileiro Jorge Lemann, que possui parte da maior cervejaria do mundo, o grupo ABInBev. Sua fortuna caiu em CHF1 bilhão, passando para CHF27-28 bilhões.

O terceiro lugar é ocupado pelas famílias Hoffmann e Oeri, descendentes dos fundadores da Roche, a gigante farmacêutica da Basileia. Eles perderam CHF2 bilhões em 2015 devido à mudança do preço das ações da Roche.

Bilanz começou sua lista em 1989, quando as 100 pessoas mais ricas valiam CHF66 bilhões ou CHF660 milhões por pessoa. Esta média está agora em CHF2.04 bilhões por pessoa.

A revista diz que um em cada 18 dos 2473 bilionários em todo o mundo vive na Suíça. Para entrar no top dez da lista suíça você precisa ter pelo menos CHF10 bilhões em seu nome.


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