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Artista suíça protesta contra obras da Coleção Bührle em museu de Zurique

Miriam Cahn
A artista Miriam Cahn é uma das vozes que protestam contra o passado crítico das obras encontradas na coleção de um industrial suíço. Keystone / Christian Charisius

Miriam Cahn declarou à imprensa que pretende retirar toda sua obra exposta no Museu de Arte de Zurique em protesto pela presença de pinturas da controversa Coleção Bührle, suspeitas de estarem ligadas à arte saqueada por nazistas.

“Não quero mais estar representado neste museu”, comentou a conhecida artista suíça de 72 anos em uma carta enviada à revista Tachles, publica a agência de notícias Keystone-SDA. “Desejo retirar todas as minhas obras de lá. Vou comprá-las de volta ao preço de venda original”.

A artista de confissão judia denunciou o museu por sua “cegueira histórica” e criticou a falta de transparência nas operações do museu, a cidade e outras partes que, segundo ela, deu acesso ao público à Coleção Bührle

A inclusão de cerca de 200 obras da controversa coleção no recém-inaugurado espaço do museu gerou controvérsia. O industrial suíço Emil Georg Bührle, que morreu em 1956, fez grande parte da fortuna com a venda de armamentos para a Alemanha durante e após a II Guerra Mundial, do qual uma parte foi investida para formar uma coleção de arte legada posteriormente à fundação.

A Fundação Bührle afirma que nenhuma das obras foram roubadas de judeus, mas a decisão do museu de exibir as pinturas ainda é considerada uma afronta às vítimas do Holocausto. Após apelos de autoridades locais, o museu disse que criará uma comissão independente para investigar a procedência das obras.

As pinturas de Cahn, artista nascida na Basiléia, podem ser encontradas em inúmeros centros de arte ao redor do mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna em Nova York e a Tate Gallery em Londres.

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