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Suíça participa de comitê internacional de combate às drogas

Plantação de papoula no México. A planta oferece a base para a produção de ópio e heroína. Keystone

A Suíça será a partir de 2018, e por quatro anos, membro do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC). Ela já participou desse órgão de 2004 a 2011 e defende há décadas uma política de narcóticos baseada nos direitos humanos e saúde pública. 

O UNODCLink externo, como é conhecido internacionalmente, foi fundado em 1946 como principal grêmio da ONU de discussão da política de narcóticos. Essa comissão orienta países membros, conduz o programa internacional e decide sobre o controle e qualificação de substâncias psicotrópicas.

Segundo o Ministério suíço das Relações Exteriores (EDALink externo), o país reforça sua presença em organizações internacionais com essa escolha e ganha a possibilidade de participar dos debates e desenvolvimentos futuros da política de drogas.  

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O “parque da seringa” de Zurique nos anos 1980 e 1990

Este conteúdo foi publicado em Por muito tempo as autoridades da cidade toleraram o consumo de drogas até que a pressão política aumentou. Em 5 de fevereiro de 1992, a polícia evacuou o espaço e o isolou com uma cerca. Os dependentes de narcóticos foram expulsos apesar da falta de apoio médico e social. Apesar das medidas o grupo não…

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A Suíça aplica há 25 anos o chamado “Princípio dos Quatro PilaresLink externo“, uma política que se resume em prevenção, terapia, diminuição dos prejuízos e repressão no combate às drogas. Esse modelo, introduzido em 1991, foi muito criticado nos seus primórdios, mas hoje é copiado por alguns países europeus.

Essa política pragmática foi desenvolvida quando as autoridades tiveram de lidar com a grande cena de consumo estabelecida entre os anos 1980 e 1990 em Zurique. A partir de 1994, a Suíça foi o primeiro país a introduzir a entrega controlada de heroína para pessoas fortemente dependentes.

Os quatro pilares

Prevenção: campanhas informativas, aconselhamento e programas nacionais de prevenção para sensibilizar a opinião pública. Através desses instrumentos, as autoridades esperam diminuir o consumo e até impedir a dependência.

Terapias: pessoas com forte dependência de drogas recebem acompanhamento médico e psicológico. A terapia pode também incluir a aplicação gratuita da heroína sob acompanhamento. Seu objetivo é permitir a integração do dependente no mercado de trabalho e na sociedade.

Diminuir os danos: as consequências do consumo para a saúde e vida social do dependente podem ser diminuídas através de ofertas como locais especiais para consumo e apoio de instituições qualificadas. Dentre outros, elas ofereceriam seringas descartáveis.

Controle e repressão: aplicação das leis pelas autoridades contra o consumo de drogas ilegais como repressão ao tráfico. 

Adaptação: Alexander Thoele

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