Em 2021, a plataforma suíça contra o tráfico de seres humanos identificou 207 novas vítimas em comparação com 142 em 2019. A esmagadora maioria (81%) são mulheres, mas a proporção de vítimas masculinas aumentou de 13% para 19% durante o último ano, disse a plataforma na terça-feira.
Cerca de dois terços das vítimas foram traficadas para fins sexuais. As vítimas de exploração laboral e as que foram pressionadas para atividades criminosas são responsáveis pelo restante.
As pessoas traficadas foram exploradas em casas particulares, em restaurantes, em salões de beleza, em construções, ou forçadas a mendigar ou cometer atos ilegais, tais como roubo.
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O tráfico de seres humanos encontra espaço no racismo e na ideia de lucro fácil
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As vítimas vinham de 55 países diferentes, sendo Nigéria, Romênia, Brasil e Hungria os principais lugares de origem. Cerca de 40% delas eram da África, 30% de países europeus, 17% da Ásia e 12% da América Latina.
De acordo com os centros de aconselhamento, há duas razões principais para o aumento do número de vítimas. Em primeiro lugar, a maior conscientização do problema nos setores de polícia, asilo, assistência social e saúde permitiu que mais casos fossem identificados e colocados em contato com a plataforma.
Em segundo lugar, o aumento do número de vítimas também pode indicar um aumento geral do tráfico de pessoas. De acordo com a plataforma, a vulnerabilidade de muitas pessoas aumentou durante a pandemia Covid-19.
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