Credit Suisse readmite supervisor de contas nazistas
O Credit Suisse readmitiu Neil Barofsky como ombudsman independente para supervisionar a revisão do banco suíço sobre seu histórico de atendimento a contas ligadas aos nazistas.
A decisão foi anunciada na segunda-feira pelo Comitê de Orçamento do Senado dos EUA, que vem investigando a forma como o Credit Suisse lidou com a investigação interna.
“Uma avaliação clara e historicamente completa do serviço prestado pelo Credit Suisse às contas ligadas aos nazistas exige que os fatos dolorosos sejam enfrentados de frente, e não deixados de lado”, disseram o senador Chuck Grassley, de Iowa, e o senador Sheldon Whitehouse, de Rhode Island, em um comunicado. “Por nossa insistência, o Credit Suisse concordou em se aprofundar em sua própria história, e o Sr. Barofsky supervisionará novamente essa revisão.”
Barofsky, ex-inspetor geral do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos e crítico frequente de Wall Street, foi removido do cargo de ombudsman pelo Credit Suisse em novembro de 2022. Embora ele tenha inicialmente recebido a tarefa de produzir um relatório público sobre suas descobertas, o Comitê de Orçamento obteve o documento somente após emitir uma intimação, disse no início deste ano. O relatório alegava que o banco havia restringido o escopo da investigação e não havia seguido algumas pistas.
Em abril, o banco suíço disse que sua investigação não apoiava as principais alegações sobre contas ligadas ao nazismo feitas pelo Centro Simon Wiesenthal em 2020 e que o relatório preparado por Barofsky continha “numerosos erros factuais” e outras falhas.
Depois que o painel do Senado, em julho, criticou o Credit Suisse por não ter cumprido as promessas de cooperação, o banco forneceu uma versão não editada do relatório de Barofsky aos legisladores. Isso mostrou que o banco não havia analisado todos os registros disponíveis, de acordo com os senadores.
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O Credit Suisse foi comprado pelo rival UBS Group AG no início deste ano. Um porta-voz do UBS não fez nenhum comentário imediato.
A disputa sobre a investigação interna do Credit Suisse ocorre cerca de um quarto de século depois que os dois grandes bancos suíços chegaram a um acordo de US$ 1,25 bilhão com as vítimas do Holocausto. Esse acordo resolveu as reclamações de que os bancos não devolveram os bens aos sobreviventes do genocídio de Adolf Hitler e aos herdeiros das vítimas. Ele também abrangeu reivindicações de pessoas cujos bens foram saqueados pelos nazistas e depositados em bancos suíços.
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