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Números do turismo suíço despencam, e o desemprego explode

Cena de inverno em Zermatt com o monte Matterhorn ao fundo
Muitos hotéis suíços temem a falência por causa do vírus. © Keystone / Christian Beutler

O número de pernoites em hotéis suíços caiu quase dois terços em março, quando a pandemia do coronavírus se abateu sobre o país. Os hotéis registraram apenas 1,26 milhões de pernoites, contra 3,4 milhões no mesmo mês do ano passado.

A queda dramática era esperada devido ao bloqueio imposto pelo governo e às restrições na fronteira. Os números, divulgados na quinta-feira, mostram que os residentes suíços também evitaram hotéis em seu próprio país, tendo sido instados a ficar em casa durante o fim de semana da Páscoa, normalmente movimentado.

O número de turistas estrangeiros hospedados em hotéis suíços em março caiu 68%, enquanto o comércio interno caiu 56%, de acordo com estatísticas oficiais. Os hotéis foram abertos, mas tiveram que aplicar medidas de distanciamento social e fechar restaurantes para não-hóspedes.

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A situação deverá melhorar para o setor hoteleiro, com a abertura gradual ao longo de maio e junho. Mas as autoridades advertiram a indústria do turismo para esperar que as condições adversas continuem durante a maior parte do ano.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Haute Ecole du Valais junto aos proprietários de hotéis, 57% dos estabelecimentos do país fecharam desde então e 21% fecharam parcialmente. O levantamento também constatou que as reservas caíram 69% em março, 90% em abril e 73% em maio.

Os hoteleiros pesquisados estimam que o risco de falência seja da ordem de 23%.

Também como esperado, o número de pessoas registradas como desempregadas vem aumentando. A Secretaria de Estado da Economia (Seco) informou nesta quinta-feira que o número de desempregados em abril subiu quase 18 mil em relação ao mês anterior.

Houve 43% a mais de pessoas registradas como desempregadas no mês passado, em relação a abril do ano passado. A taxa global de desemprego subiu para 3,3% no mês passado, acima dos 2,9% de março.

O custo do pagamento da previdência social e dos subsídios aos funcionários com jornada de trabalho reduzida deve atingir CHF 20 bilhões este ano, bem acima da provisão usual de CHF 6-7 bilhões por ano do seguro-desemprego suíço.

swissinfo.ch/ets

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