Economia suíça desacelera, mas continua bem

Os gastos dos consumidores continuaram a aumentar na primavera, mas podem diminuir à medida que o preço das mercadorias aumenta. © Keystone / Christian Beutler

A produção econômica da Suíça diminuiu 0,3% entre abril e o final de junho, em comparação com o primeiro trimestre do ano.

Os setores de manufatura, construção, comércio e serviços financeiros mostraram todos sinais de enfraquecimento diante da escassez de energia e do aumento da inflação.

A Secretaria de Estado para Assuntos Econômicos (Seco) informou uma taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) mais lenta do que o aumento de 0,5% registrado no primeiro trimestre do ano.

O fim das restrições pandêmicas impulsionou o turismo e os setores de hotelaria, gastronomia e transporte. Os gastos dos consumidores também cresceram durante a primavera e o início do verão, quando a inflação começou a subir.

Mas o setor industrial sofreu uma queda de -0,5% na produção, liderada pelas indústrias química e farmacêutica. Uma redução de -2,1% no comércio, -1,7% para a construção civil e uma reversão de -1,5% para os serviços financeiros também retardaram uma recuperação econômica.

Em agosto, a Associação Suíça de Banqueiros (SBA) disse que os bancos estão enfrentando condições incertas este ano, após um forte crescimento em 2021. Os ativos sob gestão caíram 4,4% entre janeiro e o final de junho.

“Aumento dos riscos geopolíticos (não menos importante devido à guerra na Ucrânia), interrupção da cadeia de abastecimento, aumento das taxas de inflação e retorno a uma política monetária mais restritiva” foram citados como áreas de preocupaçãoLink externo.

Grupos empresariais também expressaram preocupação com o aumento dos custos de energia e a escassez de alguns materiais importantes.

Os gastos das famílias também podem ser afetados pelo aumento constante dos preços dos bens de consumo. A taxa de inflação atingiu 3,5% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Para o ano como um todo, o Banco Central Suíço espera um crescimento do PIB de cerca de 2,5%, disse a instituição em junho.