Empresas cada vez mais pessimistas com economia suíça

Apesar de um panorama geral negativo, a maioria dos CFOs acredita que suas empresas experimentarão crescimento no futuro próximo © Keystone / Gaetan Bally

Os diretores financeiros (CFOs) estão mais pessimistas em relação às perspectivas econômicas da Suíça do que há seis meses, de acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte para o segundo semestre de 2022.

Entretanto, a maioria dos 127 diretores pesquisados acredita que suas empresas experimentarão um crescimento no futuro próximo.

“A situação geopolítica e suas consequências diretas e indiretas influenciam claramente o estado de espírito das empresas suíças”, disseram os autores da pesquisaLink externo publicada na terça-feira pela empresa de contabilidade e consultoria Deloitte.

As perspectivas para a economia suíça nos próximos 12 meses são “claramente bastante fracas”, disse ela. Há seis meses, 22% dos CFOs pesquisados ainda estavam assumindo um declínio significativo no crescimento; na pesquisa atual, este número já está em 37%. “Esta é uma expressão de preocupação, mas ainda não mostra um colapso real”, disseram os autores.

As principais causas de preocupação são as consequências diretas e indiretas da evolução geopolítica: inflação, preços de matérias-primas e energia, problemas nas cadeias de abastecimento e no fornecimento de energia. A Alemanha e a China também são vistas com preocupação.

Crescimento das vendas

Entretanto, quando se trata das perspectivas para os próximos 12 meses, uma maioria de 17% (44% positivo, 27% negativo, restante neutro) continua a supor que sua empresa se desenvolverá positivamente. Uma clara maioria dos entrevistados espera que as vendas continuem a crescer, mas a tendência para todos os números-chave das empresas pesquisadas é negativa, em comparação com a pesquisa da primavera.

De acordo com a Deloitte, em média, os CFOs esperavam que o Banco Central Suíço aumentasse ainda mais a taxa de juros básicos para 1,3% nos próximos 24 meses. “Nesta perspectiva, as empresas suíças esperam que a inflação fique acima da meta, mas comparativamente moderada, a 2,4% em dois anos”, concluiu.