Estações de esqui suíças preveem temporada difícil

© Keystone / Jean-christophe Bott

Enquanto as visitas às estações de esqui e o volume de negócios atingiram níveis recordes na última temporada, a inflação e o fim das restrições contra a Covid podem prejudicar o setor suíço de esqui.

Pela primeira vez em dez anos, as estações de esqui suíças registraram mais de 25 milhões de dias de esqui na última temporada, de acordo com a associação de operadores de estações de esqui. O faturamento também subiu para um total de CHF828 milhões (cerca de US$ 844 milhões), o melhor resultado desde a temporada 2010/2011.

De acordo com o presidente da associação Berno Stoffel, a neve chegou no início da temporada do ano passado e permitiu uma abertura antecipada das estações de esqui e incentivou os praticantes de esportes de inverno a comprar ingressos para a temporada. As restrições à Covid que ainda estavam em vigor nos países vizinhos, como a França, impulsionaram a chegada de esquiadores estrangeiros a pistas suíças relativamente irrestritas, declarou Stoffel aos jornais Le Nouvelliste e La Liberté no sábado.

Nuvens escuras

Entretanto, esta clientela do outro lado da fronteira pode mais uma vez evitar as estações suíças na temporada 2022/2023, advertiu Stoffel, que espera um inverno “difícil”.

“A Suíça não terá mais a vantagem de ser um dos únicos países da região com áreas de esqui abertas, ou pelo menos com acesso irrestrito”, diz ele.

A inflação na Europa também funciona contra as estações de esqui suíças. Os turistas estrangeiros provavelmente serão desencorajados pela queda em seu poder aquisitivo e pelos altos preços na Suíça.

Os receios em torno da escassez de energia em toda a Europa também está forçando os telesquis a se adaptarem. A associação está atualmente preparando medidas de economia de energia. O setor consome 34% de toda a energia na Suíça. A associação está refletindo sobre a possibilidade de desistir do esqui noturno no próximo inverno.