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Especialistas alertam para impacto na economia sem petróleo e gás russo

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"Sem gás natural, não há guerra" manifestantes na capital Berna no sábado ©keystone/peter Schneider

Renunciar ao petróleo e ao gás russos teria graves consequências para a economia suíça, disse um especialista do Instituto Suíço de Economia KOF a um jornal de domingo.

Se as importações fossem cortadas, por exemplo, na sequência de sanções mais duras contra a Rússia, o produto interno bruto (PIB) suíço cairia 3-4 pontos percentuais, distribuídos por dois anos, segundo cálculos da KOF publicados no SonntagsZeitungLink externo. O custo para o suíço médio: cerca de CHF3.000 ($3.210).

Uma queda desta magnitude é “suficientemente grande para causar uma recessão em tempos normais”, disse ao jornal o especialista da KOF Yngve Abrahamsen. Mas o fato de que a economia está se recuperando após o coronavírus pode ajudar a limitar os danos, disse ele.

No entanto, Abrahamsen acredita que seria “viável” que a Suíça confiasse menos nas commodities russas. Ele disse que alguns dos suprimentos russos poderiam ser substituídos por outras fontes. Uma redução nas reservas estratégicas também poderia ajudar em um período de transição. No entanto, isso significaria preços mais altos, advertiu o pesquisador do KOF.

A Suíça neutra decidiu, no mês passado, aderir às sanções econômicas abrangentes da União Europeia contra indivíduos e entidades russas – num passo histórico para o país. Mas as sanções suíças não visaram especificamente as mercadorias.

No sábado, o ministro suíço da Economia, Guy Parmelin, alertou para as consequências globais caso as sanções sejam impostas à Rússia para o comércio de commodities. Ele disse que não se tratava apenas de petróleo e gás, mas também de alimentos, já que alguns países dependem de grãos da Ucrânia e da Rússia.

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Ministro da Economia Guy Parmelin

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Orçamentos familiares

Le Matin DimancheLink externo também analisou o impacto doméstico da guerra na Ucrânia. O jornal suíço advertiu que, depois do gás e da gasolina, os preços dos alimentos também poderiam subir.

Segundo John Plassard, do Banco Mirabaud, as pessoas podem esperar um aumento de 10%-15% este ano para produtos básicos como manteiga, ovos, leite, pão e óleos vegetais.

As grandes cadeias de supermercados do país ainda não aumentaram seus preçoso, mas “a crise atual certamente fará sentir seu impacto nos próximos meses”, disse ao jornal um porta-voz da rede Migros.

Enquanto isso, os sindicatos suíços pediram medidas urgentes para a economia suíça, devido ao risco de aumento do desemprego, informou o SonntagsZeitung. O tablóide SonntagsBlickLink externo destacou um apelo da Federação Sindical para um aumento dos salários para compensar as perdas no poder de compra.

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