As exportações de relógios suíços diminuíram de 10% em 2016, em baixa pelo segundo ano consecutivo. Consequência direta: ente 1.500 e 2.000 empregos foram cortados em 12 meses. Este ano será de estabilização, como esperam os responsáveis d indústria relojoeira?
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Jornalista e editor-adjunto da redação suíça, que reúne três idiomas nacionais da swissinfo.ch (alemão, francês, italiano). Trabalhou anteriormente na agência Teletext e no portal rts.ch.
Os números publicados quinta-feira (26) pela Federação da Indústria Relojoeira Suíça (FH) confirmam a morosidade que reina há quase dois anos no setor. As exportações caíram 9,9% em 2016 comparado a 2015, já marcado por uma queda significativa de 3,3%.
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Depois de um crescimento das exportações de quase 40% entre 2010 e 2014, a FH relativiza esse declínio e vê um efeito de consolidação perfeitamente normal. “Os dados de 2016 restam superiores aos de 2008, que é um ano de referência para numerosos outros setores da economia suíça”, declarava recentemente Jean-Daniel Pasche, presidente da FH, para swissinfo.ch.
Queda de crescimento no mundo e notadamente na Ásia, luta contra a corrupção na China e Hong-Kong, embargo contra a Rússia, atentados na Europa, incertezas ligadas ao Brexit, chegada dos relógios conectados ou ainda valorização do franco suíço. Muitos fatores são citados para explicar as dificuldades que atuais da relojoaria suíça.
Outros observadores da indústria estimam que o mal é mais profundo : a relojoaria não soube se reinventar et se adaptar às novas expectativas dos consumidores, ocupada em obter lucros fáceis na China e nos mercados emergentes, afirma Grégory Pons, jornalista especializado baseado em Genebra.
A queda das exportações tem sérias consequências sobre o emprego no setor relojoeiro. No ano passado, entre 1.500 e 2.000 postos de trabalho foram cortados nas 500 empresas ativas no setor, indica François Matile, secretário-geral da Convenção Patronal da Indústria Relojoeira Suíça, para swissinfo.ch. Isso representa entre 3 e 4% do total de empregos do setor.
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A exemplo de Jean-Daniel Pasche, François Matile também prefere relativizar essa queda. “Certo, essa situação não agrada ninguém, mas ainda estamos longe da catástrofe. Essa queda ocorre depois de vários anos de forte crescimento: entre 2009 e 2015, quase 10.000 novos postos de trabalho foram criados na relojoaria”, lembra François Matile.
Para Grégory Pons, 2017 não será melhor porque a relojoaria suíça atravessa atualmente uma crise profunda e durável. Mesmo se é muito difícil fazer previsões, Jean-Daniel Pasche é mais otimista, considerando que este ano será de “estabilização”. Muitas marcas e seus fornecedores, mais atingidos pela crise, têm hoje o mesmo desejo.
Adaptação: Claudinê Gonçalves
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