Hospitais suíços podem enfrentar falta de pessoal

Equipamento ultra-moderno: não sai barato. © Keystone / Gaetan Bally

A empresa de consultoria PwC calcula que o setor da saúde suíço precisará recrutar cerca de 40.000 enfermeiros até 2040, informou o NZZ am Sonntag .

Um relatório anual da PricewaterhouseCoopers (PwC), que analisa o estado financeiro dos hospitais suíços, também prevêLink externo que serão necessários 5.500 médicos e que a escassez de pessoal também é possível em funções de apoio como TI e recursos humanos.

As razões para a futura escassez incluem as tendências demográficas (ou seja, o envelhecimento da população), o número crescente de pacientes com condições comórbidas e o número estagnado de imigrantes com formação em cuidados de saúde que vêm para a Suíça.

Custos crescentes

O relatório também pinta um quadro sombrio da situação financeira pós-pandêmica nos hospitais suíços – “apenas um quarto [dos quais] são realmente saudáveis”, disse Patrick Schwendener, da PwC, ao NZZ. A inflação, a demanda de pessoal por aumentos salariais e o aumento dos custos de energia correm o risco de colocar muitos hospitais em dificuldades financeiras, disse Schwendener.

Anne Bütikofer, diretora da Associação de Hospitais Suíços (H+), disse ao jornal que hospitais e clínicas estão esperando aumentos na conta de energia de até 300% e preços de equipamentos subindo em até um quinto. Enquanto isso, as associações de pessoal estão exigindo aumentos salariais de 5% para acompanhar o ritmo da inflação, bem como compensação pelo que é um trabalho exigente e, às vezes, pouco remunerado (veja abaixo).

Tanto a PwC quanto Bütikofer comentam a possibilidade de aumentar as tarifas médicas (que regem o preço dos medicamentos e tratamentos) para compensar o aumento dos custos e para ajudar a garantir que os salários no setor permaneçam competitivos. Entretanto, um porta-voz da Santésuisse – o grupo lobista dos planos de saúde – disse ao NZZ que isso acabaria sendo apenas repassado como um custo extra para os consumidores.

As autoridades anunciaram recentemente que o custo dos planos de seguro de saúde obrigatórios aumentariam em média 6,6% no próximo ano, o maior aumento em uma década.