Quanto maior a função, maior a desigualdade salarial
Diferenças salariais entre homens e mulheres variam muito conforme os setores da economia. As desigualdades tendem a diminuir, mas continuam sendo significativas. Nesta terça-feira, 8 de março, de Dia Internacional da Mulher, é a ocasião para relembrar a questão.
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Como jornalista baseada em Berna, estou particularmente interessada nas questões sociais, mas também política e mídias sociais. Trabalhei anteriormente na mídia regional, dentre elas, no Jornal do Jura e na Rádio Jura Bernense.
Na Suíça, as mulheres ganham, em média, 16,5% menos do que seus colegas do sexo masculino, de acordo com dados de 2012 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As diferenças salariais são parcialmente explicadas por fatores relacionados ao perfil da pessoa (idade, escolaridade, anos de serviço), às características do cargo ocupado dentro da empresa e ao ramo de atividade.
Uma parte continua sem explicação. Uma parte grande, já que chega em média a 40,9% em 2012 contra 37,6% em 2010 e 39,6% em 2008, só no setor privado. Essas porcentagens indicam um fenômeno relativamente estável nos últimos 4 anos. Se considerarmos separadamente os ramos de atividade, podemos notar grandes diferenças, como mostra o gráfico seguinte.
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Este gráfico também mostra que a diferença salarial entre homens e mulheres é ainda maior quando a função é alta, como por exemplo no ramo financeiro e de seguros.
Essa tendência não acontece só na Suíça. Ela também foi observada pela OCDE. Um relatório da organização indica que “em média nos países da OCDE, as mulheres que têm os salários mais altos ganham 19,7% menos do que seus colegas do sexo masculino, enquanto que a diferença é de 15,2% para os salários médios.”
A Suíça não é um bom exemplo em matéria de igualdade salarial, em comparação com seus vizinhos europeus.
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