A qualidade geral do jornalismo está caindo na multilíngue Suíça, onde as redações estão encolhendo e onde o público rejeitou uma iniciativa para abolir as taxas de licenciamento para a emissora nacional no começo deste ano, segundo um estudo recém-publicado.
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Swiss public broadcaster bucks downward media trend
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A Swiss Media Quality Association Link externo (Associação para a Qualidade da Mídia Suíça) chegou a essa conclusão em uma pesquisa com os 50 jornais e programas de rádio e televisão mais importantes, incluindo vários títulos regionais. O estudo analisou quantas vezes e quão amplamente programas e jornais informaram sobre temas politicamente relevantes. Verificou também se a mídia colocou esses eventos em contexto ou simplesmente descreveu o que estava acontecendo.
Mark Eisenegger, da Universidade de Zurique, um dos autores do estudo, atribui o problema a recursos: as empresas de mídia privadas ainda não encontraram um modelo de negócios que gere receita suficiente com o jornalismo online. Ao mesmo tempo, as redações são resistentes à “promoção direta de mídia” como uma solução.
“O problema básico dos recursos não foi resolvido”, disse ele.
A Sociedade Suíça de Radiodifusão e Televisão (pública, também conhecida pelas siglas SSR, em francês, e SRG, em alemão), empresa controladora da swissinfo.ch, apresentou um bom desempenho no ranking, ocupando os três primeiros lugares com os programas de atualidades “Echo der Zeit” e “Rendez-vous”, e o noticiário “10vor10”.
“Atribuímos isso à discussão intensiva em torno da iniciativa No Billag [para abolir as taxas de licença]”, disse Andreas Durisch, outro autor do estudo, que ainda incluiu pesquisadores das universidades de Zurique e Friburgo.
A classificação mede a qualidade da cobertura da mídia por meio de análise de conteúdo e percepção de qualidade, usando uma pesquisa pública representativa.
Os principais jornais são o Neue Zürcher Zeitung (NZZ) e o Le Temps (Genebra), com o NZZ am Sonntag no topo entre os títulos dominicais. Dos 50 meios de comunicação analisados, 15 perderam pontos de qualidade por sua cobertura, enquanto apenas quatro apresentaram sinais de progresso em relação a 2016, quando a avaliação anterior foi realizada. Os declínios mais importantes foram registrados por jornais de assinatura regional.
Durisch diz que os fatores determinantes para esse desenvolvimento são “uma perda de diversidade temática e um declínio nas reportagens de fundo. A pressão para salvar as empresas está afetando as redações impressas, especialmente para os títulos regionais”.
swissinfo.ch/ets
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